Preço da gasolina: Bahia registrou nove aumentos em 2022

Em apenas quatro meses, o preço da gasolina já registrou uma alta de 27%, enquanto o diesel subiu 64%, muito acima da inflação oficial do país que, até março, acumulava uma alta de 3,20%

O preço da gasolina tem tirado o sono de muitos brasileiros nos últimos tempos. Na Bahia, a situação não é diferente. Após a Acelen, que administra a Refinaria de Mataripe, localizada em São Francisco do Conde, interior baiano, anunciar mais um reajuste, o Sindicombustíveis Bahia (Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Estado da Bahia) afirmou ter sido o nono aumento feito pela empresa. 

Com isso, em apenas quatro meses, o preço da gasolina já registrou uma alta de 27%, enquanto o diesel subiu 64%, muito acima da inflação oficial do país que, até março, acumulava uma alta de 3,20%. 

O mais novo reajuste da Acelen registrou alta de 11,3% do diesel S10, 11,4% do diesel S500 e 6,7% da gasolina. Em nota, o órgão disse que os reajustes “seguem critérios de mercado que levam em consideração variáveis como custo do petróleo, que é adquirido a preços internacionais, dólar e frete”.

Preço da gasolina sobe na Bahia

Com o aumento na refinaria, o bolso do baiano, consequentemente, é impactado. De acordo com dados da plataforma “Preço da Hora”, que registra o valor médio de mais de 500 mil produtos de todos os municípios da Bahia, o litro de gasolina que, em média, saía a R$ 6,88 em janeiro, custa R$ 7,58 em maio nos postos do estado. Já o diesel passou de R$ 5,81 – valor médio do litro – para R$ 7,44. 

Nova regra da ANP entra em vigor nesta semana

Visando facilitar a vida dos brasileiros, todos os postos deixarão de exibir os preços em três casas decimais e passarão a apresentar valores com apenas duas casas. A mudança, definida no ano passado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) passa a valer neste sábado (7). 

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De acordo com a ANP, a alteração não vai mudar o preço da gasolina para o consumidor porque não traz custos relevantes a quem está vendendo e nem restrições aos preços praticados. No entanto, segundo o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), os valores serão arredondados para cima.