Preço do gás de cozinha pode ter alta

Sindigas e especialistas da área estimam que os preços do gás de cozinha e combustíveis, derivados de petróleo, podem ter alta devido ao recente bloqueio de rodovias

O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigas) e especialistas da área estimam que os preços do gás de cozinha e combustíveis, derivados de petróleo, podem ter alta devido ao recente bloqueio de rodovias promovido por caminhoneiros. 

Em algumas regiões do país, a gasolina chegou a ser vendida nesta quinta-feira (9) por R$ 7, aumento ocasionado pela paralisação diante da queda de produtividade. 

Os condutores de caminhão bloquearam estradas do país desde a quarta-feira (8) até parte da última quinta-feira, como forma de se manifestarem a favor do governo do presidente Jair Bolsonaro e contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Em entrevista ao Estadão, o professor do Instituto de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Luciano Losekann, disse que o bloqueio desestabiliza o mercado, o que abre brecha para reajustes. 

“Houve uma corrida para os postos e a escassez pode aumentar o preço na revenda, no curto prazo. Mas, com a concorrência, a tendência é que os postos retornem às margens habituais”, afirmou Losekann. 

A pesquisadora do Instituto de Estudos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), Carla Ferreira, declarou que o medo do abastecimento já é um fator suficiente para gerar pressão no aumento nos preços. Porém, Ferreira explicou que a reivindicação dos caminhoneiros é de ordem jurídica e não está especificamente ligada à elevação dos combustíveis.