O preço da gasolina voltou a cair nos postos de abastecimento do País após seis semanas seguidas de alta, segundo divulgou a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). No entanto, o patamar ainda segue acima dos R$ 5,00 por litro.
Entre os dias 20 e 26 de novembro, diz a ANP, o preço médio do litro do combustível nas bombas caiu 0,2%, para R$ 5,04, ante R$ 5,05 na semana imediatamente anterior. O movimento do preço da gasolina ao consumidor final se aproximou da estabilidade, apesar de a Petrobras manter o valor do combustível congelado há 87 dias em suas refinarias.
Após os esforços do governo federal para conter os preços do insumo e brecar a inflação, a gasolina subia desde 2 de outubro, quando o litro chegou ao mínimo do ciclo, de R$ 4,79. De lá pra cá, o produto ainda acumula alta de 5,2% nas bombas.
O leve recuo dos últimos dias se deve ao esgotamento do movimento de alta de preços do etanol anidro, relacionado à entressafra. O produto compõe 27% da mistura da gasolina e, nas duas últimas semanas, experimentou uma queda acumulada de 3,6%, segundo a Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo).
Queda no preço da gasolina também é influenciada pela Petrobras
Outro fator que pode reforçar a queda dos combustíveis são eventuais reduções nos preços da gasolina praticados pela Petrobras em suas refinarias. Há quase três meses a companhia não modifica seus preços e, segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), a defasagem para o PPI tem sido pequena.
A Abicom calcula somente 0,1% de defasagem entre a gasolina da Petrobras e o PPI no fechamento do mercado desta sexta-feira (25). Isso significa que os preços da estatal estão apenas 1% abaixo da cotação internacional, não exigindo aumentos imediatos. Ao contrário, esse cenário pode indicar espaço para novas reduções de preços, após semanas de possível represamento dos preços.