Preço médio da gasolina e do diesel S-10 cai 0,5%

Na semana passada, o preço da gasolina nos postos chegou a R$ 5,57, o que representou uma alta acumulada de 9,6% nas duas semanas após a volta dos tributos

 

Esta semana, o preço médio do combustível nas bombas de todo o País ficou próximo à estabilidade, e apresentou queda de 0,5% para R$ 5,54 por litro, informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Na semana passada, o preço da gasolina nos postos chegou a R$ 5,57, o que representou uma alta acumulada de 9,6% nas duas semanas após a volta dos tributos. Ao fim das contas, o combustível saltou pouco menos de 50 centavos por litro, estabilizando na casa dos R$ 5,50 na média nacional.

Em ocasiões marcadas por grande variação de preço em curto período de tempo, são comuns ajustes nos preços praticados pelos lojistas na ponta da cadeia, a fim de se adequarem à lógica concorrencial. A leve queda desta semana pode estar ligada, portanto, a esta acomodação de preços nos próprios postos de abastecimento.

Isso é reforçado pelo fato de não ter havido mudança notável nos preços praticados em refinarias, sobretudo da Petrobras (PETR4). O preço do etanol anidro, outro fator que poderia pressionar o preço final da gasolina por compor 27% de sua mistura, também registrou queda acumulada de 2% nas usinas paulistas nas duas últimas semanas. O levantamento é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (Cepea/Esalq-USP).

Os tributos federais PIS/Cofins voltaram a incidir nos preços de refinaria em 1º de março e foram repassados ao consumidor final, nas bombas, ao longo das últimas semanas, com um pico na semana passada. A alta veio apesar da redução anunciada pela Petrobras para a gasolina no mesmo dia, de 3,9% ou 13 centavos por litro em suas refinarias.

 

Petrobras estuda fim da paridade de preço com exterior

Para conter o impacto de aumentos de gasolina e etanol nas bombas a Petrobras estuda acabar com a Paridade de Preços de Importação (PPI), adotada desde 2016, que leva em conta a cotação do petróleo e do dólar em 100% do cálculo.

Segundo fontes ouvidas pelo jornal O Globo, a Petrobras prevê que 85% do cálculo seja feito com base nos custos de produção nacional e os 15% restantes estejam atrelados às cotações internacionais. Essa nova proporção atenuaria o impacto das flutuações do dólar e do petróleo no mercado internacional.

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