Economia

Preços ao produtor no Brasil caíram 4,98% em 2023

Foi a variação negativa mais intensa acumulada em um encerramento de ano desde o início da série histórica do IBGE, em 2014

Em dezembro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) no Brasil registrou uma queda de 0,18% em relação a novembro. Como resultado, encerrou o ano passado com um recuo de 4,98%, representando a variação negativa mais intensa acumulada em um encerramento de ano desde o início da série histórica em 2014, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, o IPP havia registrado uma alta acumulada de 3,16%.

No acumulado do ano até dezembro de 2023, as atividades que apresentaram as maiores variações negativas no IPP foram, outros produtos químicos (-17,25%); refino de petróleo e biocombustíveis (-15,45%); papel e celulose (-15,23%) e metalurgia (-9,77%).

No acumulado do ano para a indústria geral até dezembro de 2023, as principais influências negativas no IPP foram provenientes de refino de petróleo e biocombustíveis (-1,85 ponto percentual); outros produtos químicos (-1,51 p.p.); metalurgia (-0,60 p.p.) e alimentos (-0,60 p.p.).

IPC-S acelera a 0,61% em janeiro, após 0,29% em dezembro

Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou uma aceleração, alcançando 0,61% no encerramento de janeiro, em comparação com a alta de 0,29% registrada em dezembro. Este resultado também supera a leitura da terceira quadrissemana de janeiro, que apontou um aumento de 0,59% no indicador. O IPC-S acumula, agora, uma alta de 3,36% nos últimos 12 meses, após registrar 3,55% em todo o ano de 2023.

A variação mensal do IPC-S ficou ligeiramente abaixo das projeções, registrando 0,61% em janeiro. A mediana das Projeções Broadcast apontava uma alta de 0,63% para o índice, com um intervalo previsto entre 0,60% e 0,69%.

Na última leitura do IPC-S, observou-se que cinco das oito classes de despesas apresentaram aceleração. Os setores que registraram aumento foram Educação, Leitura e Recreação (de 2,11% para 2,59%), Comunicação (de -0,06% para 0,13%), Transportes (de -0,23% para -0,17%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,24% para 0,30%) e Despesas Diversas (de 0,13% para 0,19%).

O avanço de janeiro refletiu o desempenho positivo em cinco grupos específicos, por cursos formais (5,05% para 6,65%); combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,16% para 0,60%), tarifa de metrô (4,84% para 6,82%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,24% para 0,04%) e cigarros (0,06% para 0,65%).

Em contrapartida, houve um arrefecimento em Alimentação (1,69% para 1,54%); Vestuário (-0,11% para -0,27%) e Habitação (0,16% para 0,10%) puxados, respectivamente, por hortaliças e legumes (12,43% para 10,08%), roupas femininas (-0,36% para -0,48%) e equipamentos eletrônicos (0,37% para -0,18%).