A partir do final desta semana os preços dos medicamentos devem ficar mais caros. Na sexta-feira (1) entra em vigor, usualmente, a autorização para reajuste dos remédios pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
Nos próximos dias, o percentual para o reajuste deve ser divulgado. Segundo uma análise do Citi, a alta deve ser de aproximadamente 10% – próxima à inflação registrada no ano passado, de 10,06%.
O reajuste é calculado considerando a inflação, além de outros indicadores do setor.
No início de 2022, o Comitê Técnico-Executivo da CMED definiu em zero dois fatores que compõem a fórmula do reajuste dos preços dos medicamentos para este ano: o fator de produtividade (Fator X) e o fator de ajuste de preços relativos intrassetor (Fator Z).
O Fator X, definido a partir das expectativas de ganhos futuros de produtividade das empresas que fazem parte da indústria farmacêutica no país.
A Anvisa informou que Fator Z também terá valor igual a zero, conforme preveem as regras de uma resolução do comitê que estabelece os critérios de composição de fatores para o ajuste de preços de fármacos.
Além dos fatores X e Z, entram no cálculo o fator Y – ajuste de preços relativos entre setores – e a inflação.
Em 2021, o reajuste autorizado foi de até 10,08% para os medicamentos, quando comparado com uma inflação de 4,52% no ano anterior.