No último trimestre de 2020 o valor pago por computadores (notebooks e desktops) no Brasil aumentou 23,5%, se comparado com o trimestre anterior. Já entre abril e junho deste ano o número de vendas dos produtos caiu 12,6%.
Segundo um levantamento feito pela International Data Corporation (IDC Brasil) os preços médios, em 2020, foram de mais de R$ 3 mil para desktops e superiores a R$ 4 mil para notebooks.
A alta é um reflexo da demanda, que é consequência da mudança de comportamento dos consumidores, devido a adoção do home office e a realização de atividades remotas.
Mas além da pandemia, ocorreram uma série de fatores. A forte procura por semicondutores levou a sua escassez no mercado, pois os fabricantes não conseguem atender a todos os pedidos. A partir daí, é esperado um reajuste de preços, que será repassado para o consumidor final.
É importante lembrar, que de acordo com a IDC Brasil, mesmo com a alta, o volume de vendas continuou crescendo no ano passado, só caindo em 2021.
Além da falta de semicondutores, ou chips, um outro ponto que tende a afetar os custos é o avanço do dólar. Como é de conhecimento geral, os Estados Unidos são um “centro comercial mundial”, logo a mercadoria que vem do exterior tende a passar pelo território norte-americano e ser taxada.
Os EUA anunciaram o fim da isenção de tarifas de importação de produtos de informática da China, o movimento influencia diretamente os valores pagos por empresas que comercializam eletrônicos. Os dois países têm “se enfrentado” por divergências políticas e econômicas.
O fim da isenção pode gerar um aumento entre 7,5% e 25%, nos preços para os computadores vendidos no Brasil, como foi mencionado pelo QNC.
Diante disso, a tendência é haver um novo avanço nos valores este ano.