SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente da Febraban, Isaac Sidney, defendeu nesta quarta-feira (3) a autonomia do Banco Central, enquanto regulador bancário, na condução da política monetária, e convocou as instituições financeiras no desafio de ajudar a autoridade monetária a combater a inflação. As informações são da Agência Brasil.
?Não há alternativa ao BC, senão reagir ao processo inflacionário que tem, além de fatores externos, [a influência de] fatores internos que a potencializam?, disse na apresentação da plataforma para ajudar as pessoas a melhor planejar suas finanças.
De acordo com Sidney, os efeitos da inflação são mais perceptíveis nas ?classes menos favorecidas?.
?Temos de reconhecer que o BC sozinho não conseguirá vencer essa batalha. Há outros atores que influenciam os andamentos da economia?, alertou referindo-se aos recentes questionamentos em relação ao arcabouço fiscal. ?[A questão dos] Precatórios e o Auxílio Brasil causaram sensação de que a política fiscal foi quebrada, mas confio que Guedes [ministro Paulo Guedes, da Economia] e equipe vão manter compromissos da política fiscal?.
Ele lembrou que o Risco Brasil cresceu cerca de 60% esse ano e que a Bolsa de Valores já tem o ?pior desempenho na comparação com países avançados e emergentes?.
?Precisamos ser capazes para não deixar os agentes econômicos consolidarem o risco percebido de que a âncora fiscal pode ter sido abandonada?, argumentou ao lembrar que o país ainda sofre ?efeitos severos da pandemia?.
?A mensagem que deixamos é de que o espaço que precisa ser aberto para o Auxílio Brasil e para os precatórios não pode representar o fim do arcabouço fiscal. É preciso definir quais são os valores para o auxílio e para os precatórios, de forma a não serem excedidos. E precisamos reduzir o déficit primário de 2021?, concluiu.