Aloizio Mercadante, presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), cobrou nesta terça-feira (12) “mais ousadia nos instrumentos financeiros” do Brasil.
O presidente afirmou que o País deve usar o que há de “mais moderno” para oportunizar o desenvolvimento via investimentos em biocombustíveis e infraestrutura.
Mercadante esteve em um evento realizado na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.
Em seu discurso, ele ressaltou que o BNDES é o banco — em nível mundial — que mais investiu em infraestrutura, energia limpa e renovável. O estudo em questão foi realizado pela Bloomberg.
O BNDES, atualmente, tem 35 anos de linhas de créditos para projetos de infraestrutura.
BNDES está se esforçando muito para ajudar no fiscal, diz Mercadante
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) esclareceu que irá apoiar o ajuste fiscal que os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet estão elaborando.
Além disso, o chefe do BNDES afirmou que é papel dos movimentos sociais criticarem o corte de despesas do governo e que é bom ter um contraponto às pressões do mercado financeiro.
“Tenho total compromisso com o esforço do governo para o arcabouço fiscal. Ainda não está definido, mas na hora que sair o pacote de ajuste, vou defendê-lo”, disse Mercadante durante coletiva sobre os resultados da instituição.
“Confio que a equipe econômica, com o presidente Lula coordenando, vai ter decisão sábia”, acrescentou.
Quanto às críticas do PT (Partido dos Trabalhadores) e outras siglas políticas de esquerda aos cortes de gastos, ele afirmou que “o partido do governo tem de sustentar o governo em qualquer cenário, tem que acompanhar as decisões”.
“Às vezes o PT é um partido tão complexo que não precisa nem de oposição, ele cumpre todos papéis”, completou o presidente do BNDES.
O banco, segundo Mercadante, está fazendo um esforço muito grande para ajudar no resultado fiscal. Um dos movimentos nesse sentido será o pagamento de R$ 25 bilhões em dividendos, o que dá quase 125% do lucro do ano passado, segundo o “Valor”.