Presidente do Fed afirma que o PIB dos EUA deve crescer fortemente no segundo semestre

Jerome Powell ainda reafirmou o compromisso do Federal Reserve em conter a inflação

O presidente do Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano), Jerome Powell previu que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos deve ser “bem forte” no segundo semestre deste ano, apesar do aperto monetário. Durante audiência em comitê da Câmara dos Representantes, Powell ainda reafirmou o compromisso do Fed em conter a inflação e levá-la à meta de 2%.

Em outro momento da audiência, Powell avaliou que o status do dólar “não está ameaçado”, no quadro atual, dizendo que isso poderia ocorrer no longo prazo, caso a questão da dívida pública norte-americana não fosse solucionada.

O presidente do Federal Reserve havia comentado não ver um risco fiscal iminente, mas lembrou que, no mais longo prazo, o país precisará garantir uma trajetória fiscal sustentável.

Além de inflação e problemas econômicos, Powell também foi questionado novamente sobre criptoativos e diz que ainda não se sabe se os EUA precisam de um dólar digital.

Powell afirmou que uma moeda digital emitida por um banco central (CBDC, na sigla em inglês) poderia ser uma opção. Além disso, considerou que caso esse dólar digital seja considerado necessário é melhor que seja emitido pelas instituições oficiais, não por uma empresa que possa lucrar com isso.

Na quarta-feira (23), o presidente do BC norte-americano foi questionado no Senado sobre a regulamentação das criptomoedas e defendeu uma estrutura regulatória para o setor. 

“A mesma atividade deve ter a mesma regulamentação, não importa onde apareça, e esse não é o caso agora porque muitos dos produtos financeiros digitais, de certa forma, são bastante semelhantes aos produtos que existiam no sistema bancário ou nos mercados de capitais, mas eles não são regulados da mesma forma”, afirmou. 

Ainda na quarta, o presidente do Fed ainda afirmou que a alta da inflação ainda pode piorar, mas que a autoridade monetária está “fortemente” comprometida em levar os preços para baixo e continuará a adaptar a política monetária.

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