Tarifas

Presidente do Fed alerta: efeitos das tarifas ainda estão no início

Fed mantém taxa de juros aguardando consolidação de dados de inflação

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Foto: Fed (Federal Reserve) / CanvaPro

O presidente do Fed (Federal Reserve) de Nova York, John Wiliams, disse nesta quarta-feira (16), que a política monetária está no ponto certo para permitir que os dirigentes monitorem a economia antes de tomar os próximos passos.

Ainda alertou que o impacto das tarifas comerciais está apenas começando a atingir a economia.

“Manter essa postura modestamente restritiva da política monetária é totalmente apropriado para alcançar nossas metas de máximo emprego e estabilidade de preços”, disse Williams.

Segundo ele, manter os níveis atuais permite tempo para analisar de perto os dados recebidos, avaliar as perspectivas em evolução e ponderar os riscos para alcançar objetivos duplos.

Williams alega que a economia está em boa situação e que o mercado de trabalho é sólido.

Embora espere que ambos desacelerem com o avanço anual.

Fed vê inflação persistente e avanço limitado da economia

O presidente do Fed apontou a incerteza contínua e alertou contra a complacência em relação ao impacto do aumento das tarifas de importação do presidente Donald Trump.

“É importante observar que ainda é cedo para os efeitos das tarifas, que demoram a entrar em pleno vigor. Embora estejamos vendo apenas efeitos relativamente modestos das tarifas nos dados agregados até agora, espero que esses efeitos aumentem nos próximos meses”, disse.

John acrescentou que espera que as tarifas aumentem a inflação em cerca de um ponto percentual na segunda metade deste ano, e na primeira parte de 2026.

E espera que a economia desacelere para um ritmo de crescimento de cerca de 1% neste ano, e que a taxa de desemprego, atualmente em 4,1%, suba para 4,5% até o fim do ano.

Sobre a inflação, o atual presidente do Fed, disse que espera que ela fique entre 3% e 3,55 este ano, antes de recuar para “cerca de” 2,5% no ano que vem.

Ele prevê que a inflação atinja a meta de 2% apenas em 2027.