O presidente do Fed (Federal Reserve) da Filadélfia, Patrick Harker, afirmou, nesta quinta-feira (9), que espera um novo corte de juros, mas admitiu que a trajetória da política monetária é incerta.
“Ainda nos vejo em uma trajetória de redução da taxa de juros”, disse o presidente, no texto do discurso que vai ser feito na Associação Nacional de Diretores Corporativos. Estes são os primeiros comentários de Harker desde a reunião do Fed de dezembro, quando houve um corte de juros de 25 pontos-base.
“Os fundamentos gerais de nossa economia continuam fortes”, disse, no texto de seu discurso. No entanto, ele afirmou que “continuamos em tempos muito instáveis”, o que torna mais difícil fazer previsões sobre a política monetária.
“Em um mundo incerto, a política (monetária) precisa permanecer dependente de dados e melhor posicionada para lidar com os riscos futuros”, afirmou.
Ainda, ele disse que o Fed tem tido sucesso em reduzir a pressão sobre os preços, mesmo com uma inflação acima do desejado. Porém, ele mencionou que o retorno à meta de 2% de inflação está demorando mais que o previsto.
Incertezas exigem cautela do banco central dos EUA
Enquanto isso, a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, afirmou nesta quinta-feira (9) que as incertezas sobre o futuro exigem que o banco central dos EUA tenha mais cautela.
“Com uma economia que está em uma boa situação geral e a política monetária já mais próxima de uma postura mais neutra, vejo a natureza atual da incerteza como um apelo para uma abordagem gradual e paciente para a definição da política monetária”, afirmou Collins, em texto para discurso no Fed de Boston.
Segundo ela, neste início de ano, “a inflação caiu significativamente em relação ao pico de 2022, e os dados continuam a apontar para uma trajetória gradual, embora desigual, de volta à meta de 2% do Fed”. A presidente destacou, ainda, que a queda na inflação foi atingida mesmo com o mercado de trabalho “permanecendo saudável em geral”.