Prévia da inflação, IPCA-15, sobe 0,13% em julho

Expectativa do mercado era de alta da inflação de 0,17% na base mensal ante julho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia do índice oficial de inflação do Brasil, subiu 0,13% em julho na comparação mensal, com junho, de acordo com dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (26). 

Os dados do IPCA-15 ficaram levemente abaixo da expectativa do mercado, que era de alta de 0,17% na base mensal e de 11,41% na anual, segundo o consenso Refinitiv, conforme informou o “Infomoney”.

Segundo o órgão, é a menor variação mensal do IPCA-15 desde junho de 2020, durante a primeira onda da pandemia (quando ficou em 0,02%). Em julho do ano passado a taxa foi de 0,72%, o que fez a alta em 12 meses desacelerar de 12,04% em junho para 11,39% em julho.

De acordo com o IBGE, o IPCA-15 desacelerou puxada pelos grupos transportes (-1,08%) e habitação (-0,78%). Mas 6 dos 9 grupos pesquisados tiveram alta de preços no mês, e no ano o indicador já acumula alta de 5,79% (acima da meta do Banco Central para a inflação do ano inteiro).

Histórico de inflação alta “ajudou” Brasil nos últimos anos, segundo especialistas

Historicamente, o Brasil é um País que já lidou por muito tempo com a inflação alta, inclusive na casa dos dois dígitos. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA registra alta de 11,73%, um dos maiores números em quase duas décadas. A persistência desses dois dígitos, em 2022, pode até assustar o mercado e a população geral, mas, segundo economistas consultados pelo BP Money, devido o histórico de inflação do País, o Banco Central do Brasil (BCB) conseguiu agir com antecedência e fazer “a lição de casa” antes das autoridades de BCs de grandes potências econômicas, que sofrem, agora, com a alta da inflação. 

A professora de finanças da FAAP e sócia da The Hill Capital, Virginia Prestes, explica que o BCB foi o primeiro do mundo a começar a subir a taxa de juros quando ninguém ainda cogitava isso. 

“O Brasil tem histórico de inflação alta. O BC brasileiro foi mais proativo e encarou o problema muito antes por conta desse histórico. O País é mais eficiente, nesse sentido, por estar à frente dos outros BCs na contenção da inflação”, afirmou Prestes. 

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