Prévia da inflação sobe 1,73% em abril e é a maior para o mês em 27 anos

A alta da prévia da inflação em abril foi puxada pela gasolina, que avançou 7,51% no mês

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia oficial da inflação, subiu 1,73% no mês de abril. Esta é a maior taxa para o período desde 1995. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A alta da prévia da inflação foi puxada pela gasolina, que avançou 7,51% no mês. O setor de transportes também viu o diesel, o etanol e o gás veicular subirem. O diesel teve alta de 13,11% no período, enquanto o etanol subiu 6,6% e o gás veicular 2,28%. Assim, o setor de transportes foi responsável por 3,43% da alta total do IPCA-15.

Outro fator que chamou a atenção foi a alta de passagens aéreas. Em março, os preços de passagens tinham registrado queda de 7,55%. Em abril, as passagens aéreas tiveram alta de 9,43%. Passagens do metrô e dos ônibus também subiram, 1,66% e 0,75%, respectivamente. 

Em março, a prévia da inflação ficou em 0,95%. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 avança 12,03%. Nos 12 meses imediatamente anteriores, a prévia do indicador ficou em 10,79%. 

Confira a prévia da inflação de abril para todos os grupos:

Alimentação e bebidas: 2,25%
Habitação: 1,73%
Artigos de residência: 0,94%
Vestuário: 1,97%
Transportes: 3,43%
Saúde e cuidados pessoais: 0,47%
Despesas pessoais: 0,52%
Educação: 0,05%
Comunicação: -0,05%

Em abril, a inflação cresceu em todas as regiões do Brasil, sendo Curitiba a cidade com a maior variação nos preços. A capital do Paraná viu os preços subirem, puxados pela alta de 10,25% da gasolina. Por outro lado, Salvador registrou a menor alta, de 0,97%, influenciado pela queda de 8,14% nas passagens aéreas e 1,46% nos artigos de higiene pessoal.

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A meta de inflação definida pelo Banco Central é de 3,5%. As expectativas do mercado, entretanto, vão na contramão disso, já que os especialistas esperam  algo em torno de 7,65% para o final de 2022. Ou seja, mais do que o dobro do centro da meta para o ano.