A despesa do governo federal com a Previdência deve crescer 7,3% em 2025 e chegar a R$ 1 trilhão em 2026. Para o ano que vem, a cifra passaria de R$ 898,450 bilhões para R$ 964,274 bilhões, segundo cálculos feitos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), obtidos pelo Valor Econômico.
A projeção de R$ 964,274 bilhões considera somente a despesa com benefícios previdenciários pela ótica orçamentária. O valor a ser inserido na peça orçamentária do próximo ano, na verdade, será ainda maior.
Isso porque, no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2025, ainda entrarão os gastos com sentenças e precatórios e com Comprev, uma compensação entre o INSS e os regimes próprios de Previdência.
Em valores absolutos, a alta estimada é de R$ 65,8 bilhões, sendo R$ 27,556 bilhões devido à correção dos benefícios atrelados ao salário mínimo, que terão alta projetada de 6,87% no próximo ano, e R$ 18,861 bilhões da correção de 3,65% estimada para os benefícios acima do piso, que são corrigidos pela inflação medida pelo INPC.
O restante da alta viria do crescimento vegetativo (natural) de 2,16% do número de beneficiários.
Somente com Comprev – Compensação Previdenciária, são mais R$ 8,251 bilhões de despesa projetada para 2025, fazendo a rubrica com Previdência subir para R$ 972,525 bilhões. Há, ainda, os gastos com sentenças e precatórios, que ainda serão acrescido à estimativa final.
Previdência: despesas obrigatórias devem crescer R$ 135 bilhões em 2025
Ao todo, as despesas obrigatórias devem crescer R$ 135 bilhões em 2025, consumindo quase todo o espaço fiscal extra de R$ 138,3 bilhões que Executivo terá no próximo ano, na comparação com o Orçamento deste ano, segundo estimativas da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados.
Ainda de acordo com os cálculos do INSS, a despesa somente com benefícios previdenciários (sem incluir Comprev e sem incluir sentenças judiciais) chegará à marca recorde de R$ 1,031 trilhão em 2026 e se manterá nesse patamar ao longo dos próximos anos, ficando em R$ 1,096 trilhão em 2027 e R$ 1,172 trilhão em 2028.