Procura por empréstimos registra queda de 6,5% em agosto, diz Serasa

Segundo instituto, os pedidos de empréstimos pelo consumidores mais pobres foram menores no último mês ante o mesmo mês de 2021

O Indicador de Demanda do Consumidor por Crédito da Serasa Experian mostrou que os pedidos de empréstimo registraram queda de 6,5% em agosto, em comparação com o mesmo período do ano anterior. 
 
A baixa foi mais intensa entre as pessoas que possuem renda mensal entre R$ 500 e R$ 1.000, registrando queda de 7,8% nessa camada. Em relação às pessoas que ganham até R$ 500 mensais, a retração foi de 7%.
 
Quanto mais alta a camada social, mais baixa foi a queda na demanda por crédito. Entre outros fatores, por conta do número já reduzido de pessoas que necessitam de crédito entre os mais ricos, resultando em um espaço menor para possíveis recuos. 
 
Entre as pessoas que recebem entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, a queda foi de 5,6% na demanda. Enquanto que para os que possuem renda de R$ 2 mil a R$ 5 mil, 5% e  para quem ganha de R$ 5 mil a R$ 10 mil, 4,5%. Aos que recebem salários acima de R$ 10 mil, a retração foi a menor do mês, de 4,4%. 
 
Mesmo com as baixas, o recuo foi menor em relação ao mês de julho, quando a queda foi de 11,4%. Este mês foi o terceiro consecutivo a registrar queda na demanda. 

Baixa nos pedidos de empréstimos seria um reflexo do aumento da taxa Selic

“O que estamos vendo é um reflexo do aumento da taxa Selic, que encareceu as linhas de crédito e deixou os consumidores mais cautelosos em relação ao recurso financeiro”, afirma Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, em nota. 

“Em tempos de instabilidade econômica o encarecimento do crédito é um mal necessário, pois trata-se de uma estratégia utilizada pelo Banco Central para diminuir e controlar a inflação no país”, explica Rabi.