Produção industrial cai pela 3ª vez consecutiva

O resultado ainda é influenciado pela pandemia da Covid-19.

A produção industrial nacional registrou uma queda de 0,7% em agosto, frente o resultado de julho, na série de ajuste sazonal. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o recuo é o terceiro seguido, acumulando uma perda de 2,3%.

Já em relação a um ano antes, a retração é de 0,7%, interrompendo os 11 meses de avanços consecutivos nessa comparação. Em todo o ano, a indústria acumula alta de 9,2%, já em 12 meses, de 7,2%.

A queda de agosto foi acentuada por três das quatro grandes categorias econômicas e por 15 dos 26 ramos computados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM).

O gerente de pesquisa, André Macedo, destacou que o resultado ainda é influenciado pela pandemia da Covid-19. “Há um desarranjo da cadeia produtiva, que faz com que haja encarecimento dos custos de produção e desabastecimento de matérias-primas para produção do bem final. Isso vem trazendo, pelo lado da oferta, maior dificuldade para o avanço do setor”.

O recuo foi puxado, principalmente, por outros produtos químicos (-6,4%), produtos derivados de petróleo, coque e biocombustíveis (-2,6%), reboques, carroceiros e veículos automotores (-3,1%) e produtos farmacêuticos e farmoquímicos (-9,3%).

O pesquisador salientou que os outros produtos químicos já haviam apresentado retrações há dois meses, devido às paralisações de unidades produtivas.

Além disso, outras atividades impactam o resultado, como equipamentos de informática, produtos ópticos e eletrônicos (-4,2%), produtos de borracha e material plástico (-1,1%), celulose de papel (-0,8%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-1,6%).

Por outro lado, produtos alimentícios, indústrias extrativas e bebidas apresentaram crescimento. “Essas três atividades tiveram um comportamento predominantemente negativo nos meses anteriores. O resultado positivo no mês de agosto é mais um grau de recomposição dessas perdas anteriores do que uma trajetória positiva que esses segmentos industriais venham a ter”, declara André.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile