Economia brasileira

Produção industrial cresce 0,9% em março, pouco abaixo do esperado

No acumulado do ano, a produção industrial apresenta um crescimento de 1,9%, enquanto nos últimos 12 meses registra uma variação positiva de 0,7%

Produção Industrial
Produção Industrial / Agência Brasil

A produção industrial brasileira registrou um aumento de 0,9% em março, após permanecer praticamente estável (0,1%) em fevereiro e apresentar uma queda em janeiro, de acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgados nesta sexta-feira (3) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No acumulado do ano, a produção industrial apresenta um crescimento de 1,9%, enquanto nos últimos 12 meses registra uma variação positiva de 0,7%.

O aumento registrado no mês ficou ligeiramente abaixo da expectativa do consenso de analistas da LSEG, que previam um avanço de 1,0% em março em relação a fevereiro. Quanto à variação anual, a projeção era de uma queda de 2,6%.

De acordo com o IBGE, o setor industrial está 0,4% acima do nível pré-pandemia, em fevereiro de 2020, e 16,3% abaixo do pico histórico alcançado em maio de 2011.

Desempenho positivo na produção

André Macedo, gerente da PIM, destacou que o desempenho positivo da indústria nos dois últimos meses não anula a queda registrada em janeiro, mas representa uma melhora significativa.

“Em março, o crescimento ficou concentrado em poucas atividades, com apenas cinco delas mostrando expansão. Houve, portanto, uma mudança em relação à dinâmica vista em janeiro e fevereiro, quando ocorreu predomínio de taxas positivas entre as atividades pesquisadas”, analisou em nota.

De fevereiro para março, houve avanço na produção em duas das quatro grandes categorias econômicas e em apenas cinco dos 25 ramos industriais pesquisados.

Os principais impulsionadores positivos foram os setores de produtos alimentícios (1,0%), produtos têxteis (4,5%), impressão e reprodução de gravações (8,2%), e indústrias extrativas (0,2%).

Comparação anual

Em comparação com março de 2023, a indústria registrou uma queda de 2,8%, com resultados negativos em 17 dos 25 ramos pesquisados.

As principais influências negativas vieram dos setores de produtos químicos (-8,1%), máquinas e equipamentos (-12,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-15,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,4%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-16,1%).

Os setores de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-11,1%), produtos de metal (-5,3%), metalurgia (-3,2%), produtos alimentícios (-1,1%), produtos diversos (-13,1%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-9,1%), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-7,9%), e móveis (-7,0%) também contribuíram negativamente para o resultado.