Produção industrial fica 18,5% abaixo do nível recorde

A produção industrial no país permanece em patamar semelhante a janeiro de 2009

A produção industrial no país permanece em patamar semelhante a janeiro de 2009 e, neste momento, está 18,5% abaixo do patamar registrado em maio de 2011, quando teve um ponto histórico com o avanço de 1,4%, o maior nível desde o início da série histórica que começou em 1991. As informações são da Agência Brasil.

Segundo o gerente da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE, André Macedo, a queda de 0,6% em abril na produção industrial não é uma característica do mês. “Há uma perda de intensidade na produção industrial e o distanciamento em relação a pontos mais elevados dá um pouco dessa dimensão, de quanto o setor industrial precisa recuperar para alcançar os níveis do passado”, afirmou, nesta sexta-feira (2), em entrevista coletiva, sobre os resultados da pesquisa do mês de abril.

Macedo observou que, desde de janeiro de 2021, o setor industrial só vem mostrando perda em relação ao patamar pré-pandemia, inclusive entrou no mês de março de 2021 no saldo negativo e, posteriormente, permaneceu negativo frente ao patamar bem recente, que é o de pré-pandemia, ou seja, fevereiro de 2020. “Isso dá um pouco da dimensão das perdas que o setor industrial vem enfrentando e o quanto ele tem a recuperar para superar estes níveis históricos da pesquisa”, ressaltou.

Vendas de carros caem após anúncio do governo

A venda de automóveis leves registrou queda de 4,86% em maio de 2023, em relação ao mesmo mês do ano passado. Os números foram divulgados pela Bright Consulting nesta quinta-feira (1º), com base no licenciamento de automóveis em órgãos de trânsito, confirmaram tal tendência. Eles indicam que foram vendidas 166,3 mil unidades de carros de passeio e utilitários leves, em maio. O resultado ficou 8,3% abaixo dos cálculos da consultoria para esse mês. A retração do consumidor, que decidiu esperar que o programa governamental entre em vigor, levou à perda de vendas de mais de 15 mil veículos.

A empresa havia estimado um resultado negativo para o setor, por causa do conjunto de medidas anunciado pelo governo federal para diminuir o preço dos veículos – no “pacote do carro popular”. A iniciativa criou uma expectativa de barateamento dos carros, a partir da qual os consumidores adiaram suas compras.

As locadoras também seguraram pedidos. A venda direta do fabricante para frotistas diminuiu de quase 50% do total em meses anteriores para 45,5%, em maio. A queda só não foi maior porque parte dos veículos vendidos no país está na faixa de preço acima dos R$ 120 mil, cujo valor não será afetado pelas medidas do governo.

Para o diretor de produtos da Bright Consulting, Murilo Briganti, as vendas dos próximos dias tendem a continuar fracas. Mas, se confirmada a redução dos valores, o mercado de automóveis tende a aquecer ao longo de junho.

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