A produção industrial brasileira teve variação nula (0%) em junho, na comparação com maio. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o resultado nesta terça-feira (3).
Em relação a junho de 2020, a produção subiu 12%. No sexto mês do ano passado, as fábricas sofriam os reflexos da fase inicial da pandemia.
Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam avanço de 0,2% na comparação com maio, além de crescimento de 12,5% frente a junho de 2020.
Com os números divulgados nesta terça, a produção industrial fechou o primeiro semestre de 2021 com alta acumulada de 12,9%, informou o IBGE. Em 12 meses, houve avanço de 6,6%.
Após ser prejudicada pelo começo da crise sanitária, a indústria ensaiou reação ao longo do ano passado. Contudo, esse movimento perdeu fôlego na largada de 2021.
Na visão de analistas, a piora da pandemia e a paralisação de medidas de estímulo à economia, incluindo o auxílio emergencial, explicaram o desempenho em nível inferior no começo deste ano. Agora, em meio à vacinação contra a Covid-19, o setor volta a tentar recuperação.
A imunização, aliás, é vista por analistas como peça necessária para dar maior segurança a operações de fábricas e outras empresas nos próximos meses.
Em junho, o faturamento da indústria brasileira caiu 0,9%, após alta de 0,7% em maio, apontou a CNI (Confederação Nacional da Indústria) na segunda-feira (2). Desde o início do ano, o indicador vem oscilando.
Por outro lado, a entidade relatou que as horas trabalhadas na produção aumentaram 0,3% em junho, interrompendo a sequência de quedas observada desde fevereiro. Além disso, o uso da capacidade instalada, medido pela UCI (Utilização da Capacidade Instalada), cresceu novamente e está no maior patamar desde 2013, de acordo com a CNI.