O resultado da produção industrial brasileira em abril ante março pôs fim às duas altas consecutivas do setor, com recuou 0,5%, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta quarta-feira (5).
Na comparação anual, houve avanço de 8,4%, após queda de 2,8% em março. Com isso, o setor industrial cresceu 3,5% nos quatro primeiros meses de 2024. No acumulado nos últimos dozes, o avanço foi de 1,5%.
A queda registrada em abril superou a projeção consenso LSEG de analistas, que previa um recuo de 0,4% e variação anual de 8,3%.
Setor extrativo puxou a produção industrial para baixo
O setor extrativo foi a influência negativa mais importante entre as atividades industriais. O recuo das extrativas foi de 3,4% em abril, após avançarem 0,4% em março.
Outras contribuições negativas relevantes vieram de produtos alimentícios (-0,6%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,6%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,6%).
Por outro lado, entre as 18 atividades que apontaram expansão na produção, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (13,2%) exerceu o principal impacto em abril de 2024, após recuar 4,6% no mês anterior quando interrompeu três meses consecutivos de taxas positivas, período em que acumulou ganho de 14,6%.
Vale destacar também os avanços assinalados pelos ramos de produtos diversos (25,1%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (10,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (9,0%), de máquinas e equipamentos (5,1%), de produtos químicos (2,2%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (8,7%).
Também cresceram os segmentos de confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,3%), de impressão e reprodução de gravações (12,4%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (4,9%), de outros equipamentos de transporte (5,3%), de metalurgia (1,4%) e de produtos de minerais não metálicos (2,4%).
Entre as grandes categorias econômicas, bens intermediários, ao recuar 1,2%, apontou o único resultado negativo em abril de 2024 frente ao mês de março e eliminou o avanço de 1,1% verificado no mês anterior.
Por outro lado, os segmentos de bens de consumo duráveis (5,6%) e de bens de capital (3,5%) assinalaram as taxas positivas mais elevadas nesse mês, com ambas eliminando as quedas registradas em março último: -3,4% e -0,4%, respectivamente.
O setor de bens de consumo semi e não duráveis (0,1%) também mostrou resultado positivo em abril de 2024 e marcou o terceiro mês seguido de crescimento na produção, período em que acumulou ganho de 1,7%.