A produção industrial brasileira recuou em 5 dos 15 lugares pesquisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de março a abril. A queda foi observada no Pará (-11,2%), na Bahia (-5,4%), Goiás (-0,9%), Minas Gerais (-0,5%) e Região Nordeste (-0,1%).
Na média brasileira, a indústria recuou 0,5% em abril, frente a março, segundo o resultado divulgado pelo IBGE na última semana. Nesta sexta-feira (14), o instituto detalha o resultado pelos diferentes locais acompanhados pela pesquisa.
Principal parque industrial do país, São Paulo registrou alta de 1,9% de sua produção em abril, perante o mês anterior. Os destaques positivos no quarto mês de 2024 foram Paraná (12,8%) e Pernambuco (12,2%), com taxas de expansão de dois dígitos.
As demais altas ocorreram em Mato Grosso (4,4%), Amazonas (4,2%), Ceará (3,9%), Espírito Santo (2,7%), Santa Catarina (0,4%), Rio Grande do Sul (0,2%) e Rio de Janeiro (0,1%).
Frente a abril de 2023, a produção industrial subiu em 16 dos 18 locais pesquisados. Na comparação anual, o número de locais acompanhados e divulgados pelo IBGE é maior.
Na média brasileira, a produção industrial nacional subiu 8,4%. Abril de 2024 teve 22 dias úteis, quatro dias úteis a mais do que em mesmo mês do calendário anterior.
Rio Grande do Norte (25,6%), Santa Catarina (16,0%), Pernambuco (13,2%) e Goiás (12,7%) foram os destaques positivos.
Setor extrativo puxou a produção industrial para baixo
O setor extrativo foi a influência negativa mais importante entre as atividades industriais. O recuo das extrativas foi de 3,4% em abril, após avançarem 0,4% em março.
Outras contribuições negativas relevantes vieram de produtos alimentícios (-0,6%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,6%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,6%).
Por outro lado, entre as 18 atividades que apontaram expansão na produção, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (13,2%) exerceu o principal impacto em abril de 2024, após recuar 4,6% no mês anterior quando interrompeu três meses consecutivos de taxas positivas, período em que acumulou ganho de 14,6%.
Vale destacar também os avanços assinalados pelos ramos de produtos diversos (25,1%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (10,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (9,0%), de máquinas e equipamentos (5,1%), de produtos químicos (2,2%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (8,7%).
Também cresceram os segmentos de confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,3%), de impressão e reprodução de gravações (12,4%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (4,9%), de outros equipamentos de transporte (5,3%), de metalurgia (1,4%) e de produtos de minerais não metálicos (2,4%).
Entre as grandes categorias econômicas, bens intermediários, ao recuar 1,2%, apontou o único resultado negativo em abril de 2024 frente ao mês de março e eliminou o avanço de 1,1% verificado no mês anterior.
Por outro lado, os segmentos de bens de consumo duráveis (5,6%) e de bens de capital (3,5%) assinalaram as taxas positivas mais elevadas nesse mês, com ambas eliminando as quedas registradas em março último: -3,4% e -0,4%, respectivamente.
O setor de bens de consumo semi e não duráveis (0,1%) também mostrou resultado positivo em abril de 2024 e marcou o terceiro mês seguido de crescimento na produção, período em que acumulou ganho de 1,7%.