Público LGBTQIA+ investe mais na casa própria e menos na bolsa, aponta Anbima

Pesquisa anual da Anbima, o Raio-X do Investidor incluiu, pela primeira vez, a categoria LGBTQIA+

Pesquisa anual da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), o Raio-X do Investidor incluiu, pela primeira vez, a categoria LGBTQIA+. Segundo o levantamento, o perfil desse público é bem semelhante aos heterossexuais em diversos pontos. 

Como a própria entidade responsável pelo estudo destacou, muitas das diferenças são tão pequenas que estão dentro da margem de erro. Como exemplo, 61% dos que fazem parte do público LGBTQIA+ admitem que não guardam dinheiro de forma alguma. Entre os heterossexuais, o percentual é de 59%.

A aplicação preferida de ambos os grupos é a poupança, representando 25% dos investimentos das pessoas LGBTQIA+ e 30% do caixa dos héteros. Ainda nos dois grupos, a reserva de emergência gira em torno de 20% dos recursos guardados.

Em relação a investimentos em títulos privados, o primeiro grupo aporta 4% dos investimentos contra apenas 2% do segundo. Em relação a ações na bolsa, os heterossexuais saem na frente com uma fatia de 3% dos investimentos contra 1% dos demais.

De acordo com o relatório, as diferenças começam a aparecer quando se trata do destino em que se dará o dinheiro. O sonho da casa própria é muito mais forte entre os LGBTQIA+, apontando que 40% deles investem com este objetivo, frente a 28% dos heterossexuais.

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“É interessante perceber que apesar de buscarem a segurança e a possibilidade de ter uma reserva financeira, assim como os heterossexuais, o destino dos recursos do grupo é diferente”, afirma Luciana Ikedo, assessora de investimentos e sócia no escritório RV4 Investimentos, segundo o Valor Investe. 

Público LGBTQIA+ é mais adepto ao uso de apps para aplicar dinheiro

Entre os heterossexuais, 43% prefere ir pessoalmente ao banco para realizar um investimento, contra 38% das pessoas LGBTQIA+. Em contrapartida, o jogo vira quando se trata de utilizar aplicativos para aplicar dinheiro. 

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42% do público LGBTQIA+ usam o método contra 34% dos demais. De modo geral, os héteros preferem sites, enquanto o público da comunidade utiliza mais os aplicativos.