Qual o limite do PIB?

O objetivo desse artigo é explicar como todo este processo pode ser mais fácil e prático do que parece

Todo curioso já deve ter se perguntado: qual o limite para o crescimento de um país? Crescer demais gera inflação? O que limita o crescimento no curto e no longo prazo? O objetivo desse artigo é explicar, objetivamente, como todo este processo pode ser mais fácil e prático do que parece. 

Para início de conversa, pense que esse “limite” é o que chamamos de crescimento sustentado, ou seja, um nível de crescimento de renda que mantenha os preços estáveis. Para atingirmos isso, entenda que há um conceito primordial para aqueles que analisam a atividade econômica e inflação: o hiato do produto. Esse “vazio”, reflete a diferença entre duas medidas de renda:

A renda (produto) potencial – renda (produto) real, ou seja, mede o “vácuo” entre o que o país pode produzir (medido por instalações fabris, tecnológicas e força de trabalho) e o quanto o país realmente produz. É positivo, quando a atividade demanda mais do que a capacidade produtiva pode carregar, e negativo quando produz menos do que pode. 

Tendo compreendido o que foi dito, os economistas acabaram descobrindo que toda vez que uma economia demanda mais do que pode produzir (hiato +) os preços se ajustam para cima (+ inflação), pelo próprio fundamento das curvas de oferta e demanda agregada. Em outras palavras, a capacidade de produção não consegue se ajustar ao mesmo “timing” que a demanda agregada e, de acordo com a “lei” de oferta e demanda, os preços sobem.

Se, em uma situação hipotética, Maria vende “x” quantidades de limonadas para “y” pessoas e, de repente, 2y demandam limonadas, Maria não pode oferecer mais do que “x”(já que x é o máximo da sua capacidade de produção), sendo o racional aumentar e ajustar os preços para cima, de acordo com a nova quantidade demandada. 

Sendo assim, o crescimento econômico pode ser “limitado” pela capacidade produtiva e pela demanda agregada. Se a demanda é maior que a capacidade, os preços tendem a subir. Essas questões estão presentes e equacionadas na curva de oferta de curto prazo (SRAS) e nos principais modelos econométricos dos Bancos Centrais ao redor do mundo.

Obviamente, tudo já dito depende da velha ancoragem de expectativas (ler aqui), sem a ancoragem o norte referente ao hiato do produto se perde. As expectativas de mercado “incrementam” mais uma variável ao modelo de equação de preços e, caso tenha entendido ambos os conceitos (hiato e expectativas), você já tem a faca e o queijo na mão para entender a relação de preços no mundo da macroeconomia. 

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile