A proposta de implementação e criação do “Real Digital”, potencial moeda digital do Brasil, será discutida na Febraban (Federação Brasileira de Bancos) nesta segunda-feira (30).
Juntamente com integrantes do BC (Banco Central), a Febraban apresentará a proposta sobre o Real Digital através de transmissão ao vivo no canal da federação no Youtube, às 19h (de Brasília).
A reunião contará com a presença de Fábio Araújo, economista do Banco Central do Brasil; Boaventura D’Avila, diretor da Accenture; Bento Pereira, coordenador de Cibersegurança da Febrabran; Leandro Vilain e Amaury Oliva, diretores-executivos de Inovação, Produtos e Serviços Bancários, de Sustentabilidade, Cidadania Financeira e também de Relações com o Consumidor e Autorregulação da Febraban, de acordo com informações da “Exame”.
Os representantes colocarão em debate as possíveis formas de atuação da nova moeda, os motivos de sua implementação, e como o Real Digital teria influência no atual sistema econômico do País.
Planejamento do BC envolve disponibilizar o Real Digital em 2024
A criação da moeda digital nacional acompanha as movimentações de diversas nações do mundo, que já adotaram sistemas semelhantes há algum tempo. Entretanto, a proposta do Banco Central é de que a criptomoeda seja lançada no Brasil ainda em 2022, porém, passe a ser utilizada de forma popular a partir de 2024.
Com isso, o modelo de CBDC (Banco Central de Moeda Digital) consiste em uma moeda emitida pelo próprio BC brasileiro, a fim de complementar ou substituir as cédulas e moedas vigentes atualmente.
Para o BC, a proposta de criação de CBDCs próprias segue a mesma linha de países como EUA, Reino Unido, Venezuela e principalmente a China. O país asiático inclusive é precursor deste tipo de transação,considerando que o yuan digital já é usado por mais de 20 milhões de pessoas em território chinês.
Como a cultura da moeda digital ainda não é tão disseminada entre os usuários brasileiros, as ações do BC, por ora, chamam mais atenção das empresas do País.
O mercado espera que a criação da moeda seja mais uma invenção facilitadora financeiramente, com mais segurança através do uso de sistemas de blockchain, que podem rastrear as transações a fim de prevenir fraudes e crimes fiscais.
Além disso, o Real Digital permite maior velocidade entre transações bancárias, o que pode impulsionar também micro e pequenos negócios que terão maior agilidade em seus fluxos de caixa.