O real liderou as perdas entre 33 moedas mais líquidas no primeiro semestre de 2024. A moeda brasileira registrou queda de 13,17% nos primeiros seis meses de 2024.
O real ficou à frente do peso mexicano, com contração de 10,21% no período.
Em terceiro lugar, a moeda que perdeu mais valor foi o peso colombiano, com queda de 6,84%, seguido do peso argentino — contração de 5,92% — e o iene japonês, que caiu 5,82%.
Com o dólar tendo força globalmente, em meio ao início do ciclo de cortes de juros nos EUA, apenas dez moedas conseguiram avançar, com destaque para o rublo russo (alta de 8,93%), o peso chileno (avanço de 2,94%) e o rand sul-africano (alta de 2,09%).
O desempenho ruim do real, com o dólar em torno de R$ 5,60, em seus maiores níveis em mais de dois anos, é explicado especialmente pela deterioração do cenário interno. Segundo o “Valor”, a sustentabilidade da dívida pública é um ponto de constante preocupação, em meio à resistência do governo Lula em cortar gastos.
Plano Real completa 30 anos: R$ 1 em 1994 equivale a mais de R$ 8 hoje
O Brasil comemora os 30 anos do Plano Real nesta segunda-feira (1º), um marco na história econômica do país. Implementado em 1º de julho de 1994, o Real (BRL) surgiu em meio a um cenário de hiperinflação, trazendo estabilidade e previsibilidade para a economia brasileira.
No início dos anos 1990, o Brasil enfrentava uma hiperinflação devastadora, com taxas anuais chegando a mais de 2000%.
O contexto econômico era caótico: salários perdiam valor de um mês para o outro, a incerteza pairava sobre os preços, e a confiança na moeda era praticamente inexistente. Foi nesse cenário que o Plano Real foi concebido.