A redução de 10% da Tarifa Externa Comum (TEC) pode ser um grande aliado para o PIB até 2040.
Segundo o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Roberto Fendt, a diminuição dessa porcentagem em 87% da importação dos produtos fora do Mercosul injetará R$ 246 bilhões na economia brasileira até 2040. Essa medida vai aumentar as importações em R$ 290 bilhões e os investimentos em R$ 139 bilhões no mesmo período. Já sobre a inflação, a redução da TEC resultará em uma diminuição de 0,3% no nível de preços a longo prazo, disse Fendt.
De acordo com o secretário especial, a necessidade de conter a inflação justificou a urgência da medida, que vai valer até o dia 31 de dezembro de 2022. Para ele, “a razão de termos tomado essa medida agora, antes de que tenhamos um consenso entre os quatro membros do Mercosul é a necessidade e urgência de atuar sobre a inflação.”
Fendt disse que as taxas de juros que são o principal instrumento do governo para controle da inflação. Contudo, acrescentou que a redução de tarifas poder ser também um contribuinte para segurar os preços, principalmente em um momento de alta acentuada do dólar e de restrições nos fluxos comerciais.
Para o secretário especial, a redução da TEC é essencial para a modernização do Mercosul. A medida, comentou, ajudará a valorizar o bloco econômico. “Desde que a TEC foi criada, em 1994, esse é o primeiro movimento concreto, ambicioso, de redução da nossa tarifa externa comum. Não se trata aqui de um movimento hostil ao Mercosul, o Brasil valoriza o Mercosul, o Brasil na verdade quer um Mercosul forte, moderno, que de fato responda aos anseios da sociedade brasileira”, concluiu.