O Congresso Nacional poderá adicionar mais de R$ 50 bilhões em emendas parlamentares ao Orçamento de 2025, o que aumentará as despesas previstas para o próximo ano, segundo o G1.
O governo já havia reservado R$ 39,6 bilhões para emendas parlamentares na proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025.
A reportagem do G1 destaca que essa movimentação foi informada à TV Globo e à GloboNews pelo relator da LDO, senador Confúcio Moura (MDB-RO), e pelo presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), Júlio Arcoverde (PP-PI), por onde a LDO deve passar.
“Isso [patamar de R$ 50 bilhões] já é um trabalho que vem sendo feito há alguns anos e, para você desmantelar essa conquista do Congresso, não é fácil”, afirmou.
Segundo o G1, o senador admite que a quantia é significativa, mas afirma que o relatório será elaborado para satisfazer as demandas da maioria dos parlamentares.
“R$ 50 bilhões é uma soma geral de todas as emendas, que é um valor alto, muito significativo se considerando que os recursos discricionários [despesa não obrigatória do governo] estão em torno de R$ 200 bilhões. Colocando R$ 50 bilhões [de emendas, isso] cai para R$ 150 bilhões disponíveis para o governo”, disse.
Haddad diz que governo está fazendo revisão na agenda de gastos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quinta-feira (13) que as equipes estão intensificando suas atividades na agenda de revisão de gastos, com a intenção de apresentar o Orçamento de 2025 estruturalmente “bem montado” e que ele passe “tranquilidade” sobre as questões fiscais nacionais.
Ao lado da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), Haddad declarou que a intenção é que, até o final de junho, haja uma “clareza” no plano da peça orçamentária de 2025 – em relação às despesas.
“E começamos aqui a discutir também, obviamente, 2025, a agenda de gastos. A equipe já está montada, e o que pedimos foi a intensificação dos trabalhos, para que até o final de junho possamos ter clareza do orçamento de 2025, estruturalmente bem montado, para passar tranquilidade sobre o endereçamento das questões fiscais do país. Então vamos manter um ritmo mais intenso de trabalho neste mês”, afirmou o ministro, de acordo com o “Suno”.