O levantamento realizado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) referente ao trimestre encerrado em janeiro, mostra que a renda média da população caiu 1,1% ante ao trimestre anterior, encerrado em outubro, saindo de R$ 2.518 para R$ 2.489. A publicação foi feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (18).
Em relação ao anual – com o trimestre incluindo os meses de novembro e dezembro de 2020 e janeiro de 2021 – a baixa foi ainda maior, de 9,7%. Na ocasião, a renda média foi de R$ 2.755.
Entre os setores da economia analisados, nenhum teve alta na renda dos empregados.
Na indústria, a queda foi de 4,1%, cerca de R$ 102, e ocorreu mesmo com alta nos empregos com carteira.
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A área de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais teve recuo de 2,1% na renda média, cerca de R$ 76. O segmento de serviços domésticos teve queda na renda média de 3,1%, cerca de R$ 30.
No comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas tiveram queda 6%, cerca de R$ 130, enquanto informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas registrou baixa de 7,5%, cerca de R$ 288.
De acordo com os dados da Pnad Contínua, a renda média da população começou com uma tendência de queda a partir de setembro de 2020 (então em R$ 2.876), mesmo mês em que o governo federal reduziu pela metade o valor do auxílio emergencial criado durante a pandemia. Além da perda do valor, o cenário de crise econômica, com atividade menor e inflação alta, afeta a renda da população.
Na manhã desta sexta, o IBGE divulgou a taxa de desemprego no Brasil, que ficou em 11,2% no trimestre encerrado em janeiro. O menor para o período desde 2016, e fica 0,9 ponto percentual abaixo da taxa registrada no trimestre anterior, encerrado em outubro.
