Resumo Semanal: Ibovespa tem pior resultado mensal com perda de 3,94% e dólar sobe 4,77% em julho

O Ibovespa fechou o mês de julho em acumulo de perda aos 3,94%. Na contramão, o dólar subiu 4,77%. Mesmo com a instabilidade no mês, entre altas e baixas, o desempenho da Bolsa foi esta semana, onde o benchmark da B3 caiu 2,6% e atingiu seu menor patamar desde maio.

Segunda

O Ibovespa encerrou em alta na segunda-feira (26), impulsionado pelas ações de empresas ligadas ao minério de ferro. Com o resultado, o índice se recuperou parcialmente da queda de 0,87% registrada na última sexta-feira (23) e seguiu as bolsas americanas, que fecharam com avanço apesar de abrirem com baixas.

No cenário interno, a atenção dos investidores estava voltada a possível greve dos caminhoneiros, que aconteceria na data. Entretanto, o movimento teve baixa adesão.

Além disso, a temporada de balanços no Brasil e nos Estados Unidos também seguiu no radar.

O Ibovespa avançou 0,76%, a 126.003 pontos com volume financeiro negociado de R$ 22,558 bilhões. O dólar comercial caiu 0,7% a R$ 5,174 na compra e a R$ 5,174 na venda. 

Terça

Seguindo o mau humor internacional, o Ibovespa encerrou em queda na terça-feira (27). O benchmark brasileiro ainda refletiu o pregão de baixas em Wall Street, onde os principais índices registraram a primeira perda em seis dias em meio a decisão de política monetária do Fed (Federal Reserve) e a temporada de balanços.

No radar de mercado, as ações da Vale (VALE3) e as da Petrobras (PETR3; PETR4) foram as principais responsáveis pela queda do Ibovespa, com baixa de 1,91% para a mineradora e de 1,2% para a petroleira.

Aqui e no exterior o foco permaneceu na divulgação dos resultados no segundo trimestre.

O Ibovespa caiu 1,1%, a 124.612 pontos com volume financeiro negociado de R$ 25,757 bilhões. Já o dólar comercial teve leve alta de 0,06% a R$ 5,177 na compra e a R$ 5,178 na venda.

Quarta

O Ibovespa encerrou em alta na quarta-feira (28), impulsionado pela decisão monetária do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) e pelos balanços positivos referentes ao segundo trimestre. 

O comunicado do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) americano revelou que a manutenção da taxa básica de juros do país foi mantida próxima de zero, entre 0% e 0,25% ao ano.

No radar de mercado interno, a Weg (WEGE3) disparou 8,17% após mais do que dobrar o lucro no segundo trimestre. Itaú (ITUB4) ganhou 3,25% e Bradesco (BBDC4) avançou 1,91%, mas o destaque foi para o Santander Brasil, que subiu 1,04% e praticamente dobrou o lucro do período. 

O Ibovespa avançou 1,34%, a 126.285 pontos com volume financeiro negociado de R$ 31,777 bilhões. O dólar comercial reduziu 1,31% a R$ 5,109 na compra e a R$ 5,11 na venda. 

Quinta

O Ibovespa encerrou em queda na quinta-feira (29), puxado pelo desanimo na B3 com os balanços apresentados, a exemplo dos da Ambev (ABEV3) e Vale (VALE3), com ações recuando 1,15% e 1,5%, respectivamente. Com isso, o índice se afastou do dia positivo em Wall Street, onde investidores ainda repercutiam a decisão do Federal Reserve sobre a política monetária acomodatícia. 

Os papéis do GPA (PCAR3) despencaram 7,4% após a empresa quase zerar o lucro no segundo trimestre. Já as ações da Gol fecharam em baixa acima de 2%, frente ao prejuízo líquido recorrente de R$ 1,2 bilhão.

Nos Estados Unidos, a atenção ficou voltada ao Produto Interno Bruto (PIB) do país, que subiu a uma taxa anualizada de 6,5% no segundo trimestre.

O Ibovespa teve queda de 0,48%, a 125.675 pontos com volume financeiro negociado de R$ 27,864 bilhões. O dólar comercial caiu 0,6% a R$ 5,079 na compra e a R$ 5,079 na venda.

Sexta
O Ibovespa encerrou em forte queda nesta sexta-feira (30), pressionado por temores com gastos excedentes a regra do teto de gastos do governo para financiar o novo Bolsa Família. Além disso, o índice foi impactado pelo desempenho das ações da Vale, que caíram 5,89% durante o dia devido às previsões de baixa nos preços do minério.

Com perda de 3,08%, o benchmark brasileiro registrou sua maior queda diária desde 8 de março, quando desabou 3,98%.

No noticiário político, duas fontes revelaram ao Estadão/Broadcast que membros do governo já analisam um forma de bancar o novo programa social com recursos fora do teto de gastos.

Nos EUA, a atenção continua voltada a temporada de balanços, mas dados da inflação se destacaram nesta sexta. O Núcleo do PCE avançou 0,4% em junho no país, inferior a média de 0,6% projetada por economistas. O indicador cresceu 3,5% O Núcleo do PCE cresceu a 0,4% em junho nos EUA, abaixo da média das projeções dos economistas, que apontava para avanço de 0,6%. Na base anual o indicador na base anual.

O Ibovespa caiu 3,08%, a 121.800 pontos com volume financeiro negociado de R$ 35,248 bilhões. O dólar comercial teve alta de 2,57% a R$ 5,209 na compra e a R$ 5,21 na venda.

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