Retirada da Rússia no MSCI deve inserir US$ 1,34 bi no Brasil

O novo cenário possibilitam às bolsas da América Latina de trazerem US$ 2,12 bilhões de fluxo, aponta o ItaúBBA. 

A fornecedora global de índices MSCI anunciou nesta quinta-feira (3) que irá retirar a Rússia da composição de seu índice referencial de mercados emergentes. De acordo com a companhia, os índices MSCI de ativos russos serão reclassificados de “mercados emergentes” para “mercados standalone”, em um movimento que deve ser implementado na próxima semana. Com a reclassificação da Rússia no índice MSCI Emergentes, as bolsas latino-americanas acabaram ganhando um espaço e a possibilidade de trazer US$ 2,12 bilhões de fluxo.

Neste novo cenário, o Brasil acaba sendo alvo de um ingresso de US$ 1,34 bilhão, sendo cerca de US$ 292 milhões viriam para o território nacional de investidores passivos e US$ 1,05 bilhão de investidores ativos, aponta o ItaúBBA. 

“Se assumirmos o peso atual da América Latina no índice, a região pode ver o ingresso líquido de cerca de US$ 2,12 bilhões”, afirmam os analistas. A região representa 9,33% do índice.

O México seria o segundo país a apresentar maior benefício com ingresso de US$ 547 milhões. Em seguida o Chile (US$ 116 milhões),Peru (US$ 67 milhões) e Colômbia (US$ 51 milhões).

Ainda de acordo com análise do ItaúBBA, a expectativa é de que a América Latina tenha oportunidade de reconquistar importância dentro do índice – que é referência para alocação de fundos no mundo todo. Brasil e México perderam espaço no índice em relação a outros mercados emergentes nos últimos 22 anos, em detrimento de China, Taiwan e Índia.
 

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