Risco fiscal favorece commodities, mas afeta mercado interno

O aumento do câmbio pode representar um desequilíbrio e riscos para o mercado interno.

Os exportadores de commodities são favorecidos em um cenário de dólar alto e, por enquanto, pode se dizer que as ameaças aos furos nos tetos fiscais podem soar positivamente para este setor, entretanto, a longo prazo, o aumento do câmbio pode representar um desequilíbrio e riscos para o mercado interno.

Com o dólar atingindo a casa dos R$ 5,70 e pessoas recorrendo a moedas estrangeiras para utilizar como porto seguro, a economia nacional se vê ameaçada. como exemplo, será exportado mais açúcar e a valorização do etanol anidro e hidratado vai chegar nos preços das bombas dos postos.

O ocorrido de 2020 pode vir a se repetir: redução de matéria-prima para o mercado doméstico. O óleo de soja já começou a apresentar indícios, com negociações no porto em que a saca ficou entre  R$ 156 a R$ 158. 

Com o milho, também desde o ano passado o excesso de exportações desequilibrou a oferta do mercado interno necessitado para as rações dos animais, o que promoveu, na sequência de 2021, aumento dos custos de proteínas e várias rodadas de importações do cereal.