Um levantamento realizado pela CNseg (Confederação Nacional de Seguradoras), apresentado nesta sexta-feira (24), apontou que as seguradoras brasileiras já registraram mais de R$ 1,6 bilhão em pedidos de indenização decorrentes das fortes chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul (RS).
Os dados sobre os impactos da tragédia climática no RS foram reunidos entre 28 de abril e 22 de maio. Foram observados 23.441 avisos de sinistros que, somados, respondem por R$ 1,67 bilhão em indenizações que serão pagas aos indenizados.
“Os números são baseados nos sinistros analisados e são uma estimativa preliminar. É um valor considerável, mas a nossa avaliação é que este número crescerá muito nas próximas semanas”, avaliou o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, de acordo com o “InfoMoney”.
Oliveira também lembrou que a maior parte das solicitações de indenizações ainda não foi enviada pelos clientes para as seguradoras.
“Os clientes residenciais, de automóveis, de propriedades agrícolas ou corporativas ainda estão contabilizando suas perdas e não acionaram suas seguradoras. Por isso, qualquer estimativa neste momento sobre o impacto nos danos patrimoniais é precipitada”, reforçou ele.
Impacto no RS para as seguradoras é considerado o maior de todos os tempos
O impacto das enchentes no RS é considerado o maior já visto no setor em relação aos eventos climáticos.
Contudo, Oliveira pontua que o montante pode superar até mesmo o valor desembolsado pelas seguradoras no período da Covid-19, que chegou a aproximadamente R$ 7,5 bilhões para o segmento.
Os produtos que tiveram maiores procuras por indenização nas seguradoras foram o residencial e o habitacional, que juntos somaram 11.396 sinistros e cerca de R$ 240 milhões em pagamentos previstos.
Em segundo lugar, vêm os 8.216 registros em seguro de automóveis, superando os R$ 557 milhões. Já na terceira posição está o seguro agrícola, com 993 registros e um montante de R$ 47 milhões em indenizações aos produtos do setor.