Tragédia ambiental

RS: pedidos de indenização somam R$ 6 bi, maior sinistro climático do Brasil

As enchentes no RS devem alcançar o maior impacto de um único evento da história no setor de seguros, disse o presidente do CNseg

Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil
Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil

Os pedidos de indenização ligados às enchentes que ocorrera no Rio Grande do Sul (RS) chegaram a marca de R$ 6 bilhões. Comparado com o levantamento da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) divulgado em 31 de julho, o valor é R$ 400 milhões maior, quando os registros somaram R$ 5,6 bilhões.

O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, afirmou que o volume total de indenizações pode atingir cerca de R$ 8 bilhões, isto porque os danos, os do segmento de “grandes riscos”, dependem de mais tempo para a apuração.

Este evento deve alcançar o maior impacto de um único evento da história no setor de seguros, disse Oliveira. E deve superar até mesmo o valor pago em indenizações durante a pandemia de Covid-19, que custo R$ 7,5 bilhões para o mercado, apontou ele.

No quesito volume total de pedidos de indenizações de seguros acionados devido às enchentes no RS, o número se manteve praticamente estável quando comparado ao levantamento de julho, segundo o “Valor”.

No mês em questão foram 57.045 de solicitações e em setembro subiu para 57.946 pedidos.

A concentração dos pedidos está nos seguros residecial e habitacional, com 29,7 mil pedidos, seguido pelo segmento de automóvel, com 18 mil pedidos.

Em valores, o maior volume está em grandes riscos – como obras de infraestrutura, por exemplo – R$ 3,2 bilhões.

Atividade econômica do RS volta a crescer 0,8% após enchentes

O IBCR (Índice de Atividade Econômica Regional do Banco Central) referente ao Estado do Rio Grande do Sul (RS) voltou a registrar crescimento de 0,8% em julho ante o mês anterior, conforme dados divulgados pelo BC (Banco Central) nesta quarta-feira (18).

O índice mostrou queda de 7,2% em maio, devido às enchentes que destruíram diversas áreas do RS. Sendo assim, o número de julho representou o segundo mês consecutivo de crescimento, visto que em junho o índice subiu 7,4%.

O IBCR avançou 1% na comparação do trimestre de maio, junho e julho com o mesmo período de 2023. Já comparando com o período entre abril, março e fevereiro, houve queda de 2,5% na atividade econômica do RS.

Além do IBCR, há outro índice que aponta para a recuperação no Estado, O PIM Regional (Pesquisa Industrial Mensal Regional) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O indicador caiu 26,3% em maio, mas cresceu 34,9% em junho e logo em seguida mostrou outra alta de 0,8% em julho.

Os dados ainda mostram que no acumulado de 12 meses, a atividade no RS avançou 2,6%. Já na comparação no acumulado do ano, a alta é de 4%, de acordo com o “Valor”.