Rui Costa (PT), ministro da Casa Civil, disse que o governo federal quer atrair “novos players” para impulsionar o Novo PAC. A declaração foi feita nesta quarta-feira (7), durante evento realizado pelo BTG Pactual. O Novo PAC é como se refere à versão atual do Programa de Aceleração do Crescimento. Para ele, a gestão do presidente Lula percebeu que os atuais players “estão sobrecarregados” para fazer novos investimentos.
“Nós consideramos atrair novos players para projetos de concessão e PPP porque os atuais estão ficando sobrecarregados. Isso não só de rodovias e portos, mas também na área de saneamento, por exemplo. Vários Estados estão modelando o saneamento com concessão integral, parcial ou de PPP para investimento do setor privado”, afirmou Rui Costa.
De acordo com o Valor Econômico, o ministro explicou que o governo deve fazer um “ajuste fino” nas obras que integram o programa. Além disso, ele fez promessas aos investidores de que o Novo PAC é um planejamento de seis anos, que não vai mudar “ao sabor dos eventos políticos”.
“Queremos integrar os portos brasileiros através de ferrovias. O PAC é um planejamento de seis anos e que não vai crescer ao sabor de eventos e palanques que autoridades participem Vamos fazer um ajuste fino [do programa] sempre atraindo investimentos privados”, defendeu.
Outros pontos explorados por Rui Costa
No mais, Rui Costa disse também que, até hoje, o governo federal “nunca fez uma PPP” e que, por isso, seu desejo é implementar essa modalidade ainda na atual gestão.
“Queremos fazer isso [PPP]. Posso dar um testemunho sobre isso: o hospital mais exitoso da Bahia é gerido por uma PPP”, contou ao lembrar seu período como governador do estado. “Portanto, o PAC foi concebido não apenas sobre a lógica do investimento privado. Mas também houve um diálogo com governadores, dialogamos com quem foi eleito pelo povo. Evitamos excesso de pulverização de investimentos e demos prioridade a projetos estruturantes”, disse o ministro.
Outros pontos explorados por Rui Costa foram as áreas de saúde e educação. Em seu argumento, ele defendeu que o programa de obras também pode ajudar a melhorar problemas sociais. “Há uma captura de jovens para o mundo do crime, por isso o carro chefe, nas obras de educação, é a escola em tempo integral”, completou.
Ao final de seu discurso, ele enfatizou que “é possível combinar equilíbrio fiscal com investimento.
“Saímos de um déficit fiscal enorme da gestão anterior. Não pagaram, por exemplo, precatórios. O ajuste fino é pouco relevante para investidores de longo prazo. Então, precisamos afirmar em letras garrafais que o Brasil e seu governo têm absoluto compromisso com o equilíbrio das contas públicas”, concluiu Rui Costa.