O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que o país está pronto para ajudar a diminuir a crise de abastecimento internacional de alimentos. Contudo, Moscou afirmou que é necessário que o Ocidente retire as sanções econômicas impostas contra os russos para que isso aconteça. A afirmação ocorreu em uma conversa por telefone com o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi.
“Vladimir Putin enfatizou que a Federação Russa está pronta para fazer uma contribuição significativa para superar a crise alimentar, com a exportação de grãos e fertilizantes, uma vez que as restrições com motivações políticas do Ocidente sejam suspensas”, afirmou o governo russo em comunicado.
A Ucrânia afirmou que os russos estão tentando fazer “chantagem” em decorrência da crise global de alimentos. Kiev não está conseguindo exportar grãos, produto que Rússia e Ucrânia são grandes exportadores. Moscou acusa Kiev de estar prejudicando os seus portos.
A crise global de alimentos está disparando os preços dos grãos, óleos de cozinha, combustíveis e fertilizantes.
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A ministra das Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, declarou que Putin está cobrando um “resgate” ao mundo para fornecer suprimentos. É completamente espantoso que Putin esteja tentando manter o mundo como refém, e ele está essencialmente promovendo a fome e a falta de comida entre as pessoas mais pobres do mundo”, acrescentou Truss.
Na última quarta-feira (25), o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Andrei Rudenko, declarou à agência de notícias Interfax que os russos estavam prontos para aplicar um corredor humanitário para navios civis que transportam alimentos. A medida também pode beneficiar a Ucrânia.
“O que não podemos ter é qualquer suspensão de sanções contra a Rússia, qualquer apaziguamento que simplesmente tornará Putin mais forte a longo prazo”, afirmou a ministra de Relações Exteriores do Reino Unido em visita oficial à Bósnia.
