O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou nesta segunda-feira (21) que convocou o embaixador dos Estados Unidos, John Sullivan, para lhe dizer que as declarações do presidente norte-americano, Joe Biden, sobre o presidente russo, Vladimir Putin, levaram os laços bilaterais à beira do colapso.
A Rússia alertou que as relações diplomáticas com os EUA estão “à beira da ruptura” após o presidente Biden ter chamado Putin de “criminoso de guerra”. A pasta das Relações Exteriores da Rússia informou em comunicado que as recentes declarações de Biden eram inaceitáveis. Na semana passada, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, já havia dito que a retórica do presidente americano era “imperdoável”.
“Foi enfatizado [ao embaixador] que declarações como essa do presidente americano, indignas de uma figura estatal de tão alto nível, colocam as relações russo-americanas à beira do colapso”, afirma em nota, a diplomacia russa.
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Para somar às discórdias diplomáticas, a Rússia se retirou das conversas por um acordo de paz com o Japão e de projetos econômicos conjuntos relacionados às Ilhas Curilas, disputadas pelos dois países, por conta de sanções impostas pelo governo de Tóquio por conta da invasão russa à Ucrânia, afirmou o ministério russo das Relações Exteriores nesta segunda.
“Sob as atuais condições, a Rússia não pretende continuar as negociações com o Japão para o acordo de paz”, afirmou o Ministério de Relações Exteriores russo em nota, citando as “posições abertamente hostis (do Japão) e tentativas de prejudicar os interesses do nosso país”.
A Rússia e o Japão ainda não encerraram formalmente as hostilidades da Segunda Guerra Mundial por conta do impasse em relação às ilhas, conhecidas na Rússia como Curilas, e no Japão como os Territórios do Norte.
