O secretário-geral da aliança militar ocidental da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, afirmou nesta terça-feira (22) que a Rússia não parou de planejar uma invasão de escala total à Ucrânia depois que reconheceu a independência de regiões ucranianas separatistas.
“Toda indicação é de que a Rússia continua planejando uma invasão de escala total da Ucrânia. Continuamos a pedir à Rússia que recue […] nunca é tarde demais para não atacar”, declarou Stoltenberg em entrevista coletiva.
A fala veio após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconhecer, nesta segunda-feira (21), a independência das regiões separatistas ucranianas de Donetsk e Luhansk. Tropas russas que estavam próximas à fronteira dos dois países foram ordenadas a avançar para a região de Donbass, no leste ucraniano para “manter a paz”.
A ação do presidente russo intensificou ainda mais a tensão e tornou mais próximo da realidade de haver um conflito na região. Em decorrência, o Reino Unido impôs sanções a bancos e indivíduos russos.
A ONU (Organização das Nações Unidas) alertou nesta terça-feira (22) para o risco de um “grande conflito” entre a Rússia e a Ucrânia e ressaltou que as próximas horas serão críticas. A declaração foi dada pela secretária-geral adjunta da ONU para Assuntos Político, Rosemary DiCarlo, em reunião emergencial liderada pelo Ocidente.
Entretanto, uma disputa militar entre Rússia e Ucrânia seria extremamente desigual uma vez que a Rússia é um dos países que mais investe em avanços tecnológicos militares.