O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou nesta segunda-feira (2) que as ameaças feitas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas de 100% aos países do Brics caso eles avancem com a criação de uma moeda alternativa ao dólar, terão resultados contrários ao esperado.
Segundo Peskov, o dólar está gradualmente perdendo sua atratividade como moeda de reserva global, com um número crescente de países buscando alternativas. Ele destacou que essa tendência está se acelerando.
Trump, em declaração no sábado, exigiu que os membros do Brics desistissem de qualquer iniciativa relacionada a uma nova moeda que pudesse competir com o dólar, condicionando essa postura ao não enfrentamento de sanções comerciais severas.
Trump adverte países do Brics contra substituição do dólar
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, afirmou no sábado (30) que os países membros do Brics devem se comprometer a não criar uma nova moeda ou apoiar qualquer alternativa que substitua o dólar, sob pena de enfrentarem tarifas de 100%.
“Exigimos que esses países se comprometam a não criar uma nova moeda do Brics nem apoiar qualquer outra moeda que substitua o poderoso dólar americano. Caso contrário, eles sofrerão 100% de tarifas e deverão dizer adeus às vendas para a maravilhosa economia norte-americana”, declarou Trump em sua plataforma Truth Social, segundo informações do portal Investing.
“Eles podem procurar outro ‘otário’. Não há nenhuma chance de os Brics substituírem o dólar americano no comércio internacional, e qualquer país que tentar deve dizer adeus aos Estados Unidos”, acrescentou.
Desde janeiro de 2024, o bloco Brics possui dez membros plenos. Além de Brasil, Índia, Rússia, África do Sul e China, também integram o grupo, como membros permanentes, Irã, Egito, Arábia Saudita, Etiópia e Emirados Árabes Unidos.
A equipe econômica do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, está mais perto de ser completa com a escolha de Kevin Hassett para liderar o Conselho Econômico Nacional, órgão à frente da elaboração de políticas de impostos, comércio e desregulamentação.
Depois da escolha de Scott Bessent para a secretaria do Tesouro, esta era a última das funções mais importantes a ser preenchida.