O mercado vem acompanhando que os fundos de previdência privada ganham mais adeptos a cada dia. Entretanto, devido às suas particularidades e, justamente por haver uma infinidade de produtos de investimento disponíveis no mercado financeiro para atender a demanda crescente, alguns investidores acabam optando por fundos que carregam mais malefícios do que benefícios, até mesmo para o perfil de um investidor conservador.
O fundo de previdência é uma alternativa para se aposentar de maneira mais confortável e sem reduzir o seu padrão de vida. Com a Reforma da Previdência, essa modalidade de investimento tem se popularizado no Brasil, uma vez que o medo de não se aposentar por meio dos programas do governo se intensificou.
A qualidade dos fundos de previdência vem evoluindo nos últimos anos por conta da demanda crescente, além de um maior interesse dos brasileiros por opções para investir melhor, ocasionando no aumento da competitividade no setor financeiro.
Ainda assim, há fundos de investimento previdenciários que reúnem características que o tornam oportunidades desvantajosas para o investidor, como: renda fixa simples, geralmente de gestão passiva, mas com altas taxas de administração. Esses atributos resultam em retornos baixíssimos, e acabam sendo como ciladas para investidores.
Neste sentido, o destaque negativo é liderado pelo fundo de investimento Itaú Flexprev I RF Fc, que registrou rentabilidade de 2,15% durante o ano de 2021, além de um retorno de 48,67% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) no ano passado.
Em seguida, o fundo Sant Fc FI Prev Fix RF Cred Priv que alcançou uma rentabilidade de 2,59% em 2021, somado a uma lucratividade de 58,57% do CDI. A terceira posição negativa é ocupada por Bradesco FIC RF Prev Fácil Pgbl Fix, que atingiu no ano passado um uma rentabilidade de 2,12%, ao passo que seu rendimento do CDI em 2021 foi totalizado em 47,91%.
Confira a lista completa
Em contrapartida, existem outras alternativas no mercado financeiro que possibilitam que o investidor alcance bons lucros com fundos de investimento previdenciários, evidencia-se aqui a previdência da XP, que alcançou destaque em captação. A gestora tem realizado ao longo do tempo um movimento disruptivo em relação aos investimentos, onde no passado certos produtos eram acessíveis apenas para clientes de alta renda e agora possui maior disponibilidade e acessibilidade. Essas as novas características complementam a rentabilidade da gestora, que tem sido superior na comparação com os bancos, criando uma grande notoriedade sobre a XP.
A corretora possui destaque entre as opiniões de especialistas, que avaliam positivamente a captação na previdência privada. “A XP está cada vez mais competitiva nos produtos de multimercados e renda variável, mas também de renda fixa. A gente tem produtos de renda fixa hoje muito superiores aos que os bancos têm”, afirma o assessor da BP Investimentos, Felipe Beltrão.
Beltrão ainda ressalta que esse processo de mudança que a companhia vem trazendo, tem despertado a atenção dos investidores para aplicação em VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livre) e PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) dentro da corretora, com foco maior no VGBL, por no longo prazo apresentar um queda na tabela regressiva de 35% para 10%. Muitos investidores que focam no longo prazo gostam mais da previdência pelo tributo ser mais baixo.
Destaca-se aqui também o Fundo Brasilprev Top Tpf FI RF, que alcançou uma rentabilidade de 4,70% no ano passado, atrelado ao rendimento do CDI em 2021 de 106,27%, somado ao patrimônio de R$ 123,179 milhões.
Em seguida, o fundo de previdência Caixa FI Previnvest RF Gestão que registrou um patrimônio de R$ 55,682 milhões. Sua rentabilidade no ano de 2021 foi de 3,53% e uma lucratividade do CDI de 79,76% no ano passado. O Itaú Flexprev RF FI finaliza os destaques positivos, ao acumular uma rentabilidade de 4% e 90,40% sobre o CDI em 2021.
Por que investir em fundo de previdência?
Um fundo de previdência é indicado para qualquer pessoa que queira complementar a sua renda na aposentadoria. Quem investe em previdência privada não cuida apenas do próprio futuro. Em caso de falecimento do titular, o capital acumulado é facilmente transferido para herdeiros, sem que seja necessário passar por um inventário. Os fundos de previdência são oferecidos por instituições financeiras consolidadas no mercado e autorizadas a funcionar pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro (Anbima).
Ao aplicar um valor mensal contínuo no Fundo de Previdência Privada, o cotista se beneficia dos juros compostos para multiplicar os seus ganhos ao longo do tempo. Após o período de contribuição determinado, o cotista pode optar por receber os rendimentos de forma integral ou parcial através de um salário mensal vitalício.
Além disso, a previdência privada tem regras de funcionamento que acabam protegendo os investidores. Por trás dos planos há sempre uma gestora, uma administradora, uma seguradora e um custodiante, que é o banco onde o dinheiro fica alocado.
Qual melhor modelo?
Os planos de previdência privada podem ser divididos basicamente em duas categorias: PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre e VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre.
Cada uma delas possui características distintas que podem torná-las atraentes para o investidor, dependendo do seu perfil e de suas necessidades.
A principal diferença entre as duas modalidades de previdência privada está na tributação. Caso escolha um plano PGBL, o investidor pode deduzir seus aportes com limite de até 12% da renda do ano. Por isso, esse modelo pode ser mais interessante para pessoas que fazem declaração de Imposto de Renda pelo formulário completo.
Já no segundo modelo, o VGBL, a alíquota do imposto de renda é cobrada somente sobre a rentabilidade. Esse é o modelo mais interessante para as pessoas que fazem declaração de IR simplificada.
O PGBL é um plano de previdência que permite vantagens fiscais na declaração do Imposto de Renda e sua principal característica é a dedução da contribuição do Imposto de Renda anual. Essa característica o torna ideal para quem é optante pela declaração de ajuste anual com formulário completo. Desta forma, este modelo é mais indicado para pessoas que têm mais despesas que o normal para deduzir, como gastos com plano de saúde, educação, dependentes, dentre outros.
Já o VGBL é indicado para quem permanece no modelo simplificado, ou seja, quem possui menos deduções a fazer do IR. Esse plano possui o recolhimento apenas sobre a rentabilidade do patrimônio, e não sobre o todo. Assim, essa incidência ocorre apenas uma vez, no momento do resgate do VGBL. Nesse modelo não existem limites sobre a sua contribuição. É possível ultrapassar o valor de 12% da sua renda e ter um benefício proporcional.