'Se erramos os R$ 30 bi de receita antes de começar a reforma, já está pago', afirma Guedes

Ministro afirma que a carga tributária não será elevada na proposta de reforma de imposto de renda

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (14) que a carga tributária não será elevada na proposta de reforma de imposto de renda, na qual a mesma foi modificada na última terça-feira (13).

De acordo com o ministro, a perda líquida de arrecadação com o modelo atual proposto pelo governo da reforma do imposto de renda, estimada pelo relator, em R$ 27 bilhões em 2022 e R$ 30 bilhões em 2023, não preocupa muito o governo agora. “Se erramos os R$ 30 bilhões [estimados em perda de receitas], não tem problema. Antes de começar a reforma já está pago”, ele reitera.

Durante a transmissão ao vivo do jornal Valor Econômico, no qual o ministro foi o convidado, Guedes declarou: “Aumentamos os impostos sobre dividendos e reduzimos para empresas e assalariados”. Ele diz que o ritmo de crescimento da atividade está bem mais forte, e quando o nível do PIB volta, a arrecadação também volta a crescer.

A reforma, relatada pelo deputado Federal Celso Sabino (PSDB-PA), propõe mudanças em relação ao corte da alíquota cobrada sobre os lucros das empresas, que cairia de 25% a 15% em 2022 e para 12,5% em 2023. O adicional de 9% da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) seria mantido.

O chefe da pasta alega que o governo se apresenta sólido e seguro para haver a diminuição da alíquota de imposto de renda para empresas em dez pontos percentuais, ele defende: “Gostaríamos que o impacto da reforma fosse neutro, mas como liberais, preferimos correr o risco de ‘errar’ pelo lado da redução de carga”.
 

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