'Se inflação persistir, juros irão aumentar', diz economista-chefe do BoE

O Banco da Inglaterra elevou ontem (16) os custos dos empréstimos pela primeira vez desde o início da pandemia

Após o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) ter elevado ontem (16) os custos dos empréstimos pela primeira vez desde o início da pandemia de Covid-19, o economista-chefe da instituição, Huw Pill, disse nesta sexta-feira (17) que se a inflação persistir o banco central precisará aumentar ainda mais as taxas de juros. 

Em entrevista à rede de TV CNBC, o político foi questionado se ‘muitos mais aumentos de taxas estavam por vir’ caso a inflação se mantivesse no patamar atual, ao que ele respondeu: “Bem, acho que isso é verdade”.

“Ontem foi a resposta do Banco à visão de que… a inflação subjacente, gerada mais internamente aqui no Reino Unido, provavelmente centrada em custos e pressões salariais em um mercado de trabalho apertado e apertado, vai se provar mais persistente com o tempo”, completou.

Na quinta, o BoE elevou sua principal taxa de juros de 0,1% para 0,25%, com um placar de oito votos a um. Agora, a expectativa dos mercados é que um novo acréscimo, de 0,5%, ocorra em março de 2022.  

“Precisamos avançar agora com cautela, no sentido de que precisamos avaliar se a ômicron vai levar a alguma reversão da força da dinâmica da economia –e particularmente do mercado de trabalho– que vimos nos últimos seis meses ou mais”, disse Pill.

“Mas acho que também é importante ter em mente que a incerteza relacionada à ômicron tem dois lados, pelo menos na medida em que se reflete em nosso objetivo central, nossa ambição em termos de perspectivas de inflação no médio prazo”, finalizou.
 

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile