Economia

Selic deve cair a 9,5% até o fim de 2024, diz presidente da Caixa

Vieira entende que a inadimplência está em baixa e que o país enfrenta um estoque de crédito de má qualidade

O presidente da Caixa, Carlos Vieira, antecipou no domingo (17), sua projeção de que a taxa Selic será reduzida para 9,5% até o final do próximo ano. Ele destacou, em entrevista ao BandNews TV, que essa diminuição na taxa de juros tende a ampliar a capacidade de expansão do crédito e a resultar em taxas mais baixas para financiamento imobiliário. 

De acordo com Vieira, a inadimplência no Brasil está em baixa e o país enfrenta um estoque de crédito de má qualidade. “Esse viés de queda da Selic vai permitir que a expansão de crédito ocorra de forma mais acelerada”, disse.

Vieira também anunciou que o banco estatal contribuirá com o retrofit de imóveis em Belém para a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP30), prevista para ocorrer em 2025.

Por fim, o presidente da Caixa, destacou que a empresa conta com um programa dedicado à urbanização de favelas, incorporando novas tecnologias em conjuntos habitacionais, em cooperação com o Ministério das Cidades.

BC reduz taxa de juros em 0,5 p.p. e Selic termina 2023 em 11,75%

A última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) de 2023 terminou sem surpresa. A autoridade monetária brasileira promoveu, de forma unânime, mais um corte de 0,5 p.p na taxa de juros brasileira, o quarto seguido.

Com a nova redução, a Selic sai dos atuais 12,25% e termina o ano em 11,75%, em linha com a previsão da maioria dos analistas do mercado financeiro. De acordo com estimativas do Boletim Focus, a taxa de juros no Brasil em 2024 deve terminar em 9,25%.

No comunicado, o BC destacou que o cenário externo segue volátil, mas menos adverso do que na reunião anterior, e que foi marcado pelo arrefecimento das taxas de juros de prazos mais longos nos Estados Unidos e dá sinais incipientes de queda dos núcleos de inflação, que ainda permanecem em níveis elevados em diversos países. Porém, a autoridade monetária pondera que o cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes.

No cenário interno, o BC avalia que o conjunto dos indicadores de atividade econômica segue consistente com o cenário de desaceleração da economia antecipado pelo Copom. O relatório não deixou de lado a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação. “O Comitê reafirma a importância da firme persecução dessas metas”, ressaltou.

“Considerando a evolução do processo de desinflação, os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu reduzir a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 11,75% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e o de 2025. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, justificou o BC.

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