Economistas da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais) declararam, nesta quarta-feira (18), que a Selic (taxa básica de juros) deve encerrar o ciclo de alta em torno de 12%.
Ainda nesta quarta-feira, o BC (Banco Central), por meio do Copom (Comitê de Política Monetária), tomará uma decisão sobre a política monetária. A expectativa do mercado é um consenso de alta da Selic em 0,25 pp (ponto percentual).
A avaliação dos economistas da Anbima segue o consenso, esperando que o Copom eleve uma taxa básica de juros em 0,25 p.p. Após esse primeiro aumento, é esperado outro de 0,50 p.p em novembro e dezembro. Além disso, prevê-se um avanço adicional de 0,25 p.p em janeiro de 2025.
“As expectativas para o IPCA neste e no próximo ano começam perto do limite superior da meta. A resiliência da inflação vem sendo sustentada principalmente pela expansão dos gastos fiscais”, disse Fernando Honorato, coordenador do Grupo Consultivo Macroeconômico da Anbima, de acordo com o portal “Suno”.
Para o grupo macro, a resiliência da inflação está sendo sustentada sobretudo pela expansão dos gastos fiscais.
A trajetória do mercado de trabalho e, recentemente, o resultado do PIB do segundo trimestre de 2024 apontaram que a atividade econômica nacional está mais aquecida do que o esperado.
Alta da Selic x Queda nos juros dos EUA: para onde vão os investimentos?
A expectativa de alta na taxa básica de juros do Brasil, a Selic, aliada à projeção de afrouxamento da política monetária dos EUA tem mexido com o mercado global. Afinal, para onde vão os investimentos? No que apostar?
Especialistas consultados pelo BP Money falaram sobre as perspectivas quanto ao fluxo estrangeiro e explicaram quais modalidades tornam-se mais atrativas diante desse novo contexto.
Segundo Fabiano Zimmermann, head de renda fixa do ASA, o aumento no diferencial dos juros entre Brasil e EUA sugere um incremento no fluxo de investimento estrangeiro aqui.