Expectativa

Selic: Itaú (ITUB4) mantém projeção a 9,25% até o final do ano

“Saberemos mais sobre o racional do Copom com a divulgação da ata da reunião na terça”, aponta em relatório

Itaú
Itaú / Foto: Divulgação

Apesar de esperar que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) mantivesse o forward guidance para as próximas reuniões, não apenas para a próxima, o texto do comunicado sobre a Selic surpreendeu o Itaú (ITUB4).

No entanto, o banco continua projetando a taxa Selic em 9,25% ao final do ano. “Saberemos mais sobre o racional do Copom com a divulgação da ata da reunião na terça”, aponta em relatório.

De acordo com o Itaú, o Comitê optou por reduzir sua orientação futura em meio a um cenário de crescente incerteza.

“O Copom afirmou ainda que seu cenário não mudou substancialmente e manteve sua projeção de inflação para 2025 (principal ponto do horizonte relevante) em 3,2%. Isso sugere, pelo menos no momento, uma taxa terminal inalterada”, avalia a equipe do banco.

A ferramenta de análise da comunicação da autoridade monetária do Itaú permanece em território negativo, indicando uma tendência à continuidade do ciclo de corte de juros, embora tenha se aproximado ligeiramente do nível neutro, passando de -0,5 para -0,4 após a divulgação da ata da última reunião.

Copom prega cautela para futuros cortes da Selic, apontam analistas

Copom (Comitê de Política Monetária) informou, após o fechamento desta quarta-feira (20), sua decisão de cortar a Selic (taxa básica de juros) a 10,75% ao ano. Tendo em vista a nova política, especialistas relataram ao BP Money suas análises do cenário e previsões de cautela por parte do Comitê.

“Não se trata propriamente de uma desconfiança no cenário atual e sim de obter “graus de liberdade”, avaliou Maykon Douglas, economista da Highpar.

A divisão do BC (Banco Central) tomou um caminho já esperado pelo mercado brasileiro, o corte representa 0,5 ponto percentual (p.p.). Este foi o sexto corte consecutivo realizado pelo Copom, que iniciou o ciclo em agosto do ano passado.

O banco reforçou que “entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e, em grau maior, o de 2025”