Economia

Selic: OCDE projeta taxa de juros a 7,8% no Brasil em 2025

Organização destaca ciclo de cortes atual do BC e a inflação em queda

A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) emitiu relatório nesta quarta-feira (29) projetando a taxa Selic do Brasil no ano de 2025.

A expectativa do grupo é que daqui a dois anos, a taxa de juros básica no País esteja em 7,8%. Já para 2024, a projeção é de que a taxa caia a 9,2% ao ano. Vale lembrar que a taxa atualmente está em 12,25% ao ano e ficou estacionada por aproximadamente um ano em 13,75%, entre agosto de 2022 e julho deste ano.

Para justificar sua posição, a OCDE destaca o ciclo de cortes atual do BC (Banco Central) e a inflação em queda. A Organização menciona a política fiscal expansionista adotada pelo governo Lula neste ano. Destaca, porém, a aprovação do novo arcabouço fiscal, que eleva a “previsibilidade no médio prazo” e adiciona “flexibilidade, especialmente para investimentos”.

No relatório a OCDE prevê um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 3% neste ano. Para 2024, vê desaceleração para 1,8%; para 2025, leve retomada a 2%.

As projeções para a inflação ficaram em 4,5% em 2023; em 3,2% em 2024; e 3% em 2025. “A queda da inflação é resultado da adiantada resposta da política monetária e da normalização de distúrbios na cadeia de suprimentos”.

Campos Neto reitera dois cortes de 0,50 pp da Selic

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, declarou, na semana passada, que é difícil prever o ponto final do ciclo de redução da taxa básica Selic. No entanto, ele enfatizou que a redução de 0,50 ponto percentual é a medida adequada para as próximas duas reuniões de política monetária, programadas para dezembro e janeiro.

“Agora iniciamos o processo de cortes das taxas. É difícil dizer a você onde isso vai terminar, creio que isso depende de vários diferentes fatores, mas acho que o Brasil está fazendo certo. Estou confiante de que seremos capazes de estabilizar a inflação”, afirmou Campos Neto durante entrevista ao canal asiático da Bloomberg TV.

“A única coisa que podemos dizer é que o corte de 0,50 ponto é o apropriado a seguir nas próximas duas reuniões. Depois disso, irá depender de várias coisas”, acrescentou.

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