Economia

Serviços estão se recuperando e devem crescer em 2024, avalia FGV Ibre

FGV Ibre avalia que a evolução do setor este ano depende das condições macroeconômicas e da confiança do consumidor

O volume de serviços prestados no Brasil, em dezembro do ano passado, subiu abaixo do esperado pelo mercado, com relação a novembro. O pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), Stéfano Paccini, avalia que a evolução do setor este ano depende das condições macroeconômicas e da confiança do consumidor.

O setor de serviços fechou 2023 com alta de 2,3%. Apesar de ter sido um aumento modesto, o resultado mostrou recuperação, que pode contribuir para que este ano feche com crescimento “muito bom”. Isso levando em consideração que o fenômeno se trata da terceira alta anual consecutiva, além disso, o desempenho em 2021 e 2022 foi favorável, de acordo com o Valor Econômico. 

Os dados de novembro, que foram revisados após o primeiro resultado mostrar alta de 0,4%, chegaram ao percentual de 0,9%. No mês seguinte, a alta foi de 0,6%,expressão menor que a mediana das estimativas de consultorias e instituições, segundo o Valor. No comparativo com dezembro de 2022, o indicador caiu 2%. 

Outros dados e expectativas sobre os serviços

Nos últimos dois meses de 2023 os números saíram de três meses consecutivos de variações negativas. Portanto, apesar de haver uma acomodação, Paccini diz que o crescimento dos serviços em novembro e dezembro mostra que o setor de serviços tem espaço para crescer, como reflexo do bom momento do mercado de trabalho, com redução na taxa de desemprego.

Entre outros dados de dezembro, os serviços prestados às famílias cresceram 3,5%, se comparado a novembro, com ajuste sazonal, podem ter se beneficiado também, segundo avaliação de Paccini. Não apenas isso, mas também a opção pelo consumo presencial antes captado em parte por “serviços profissionais”, que tiveram aumento por conta, em parte, dos serviços solicitados remotamente, por aplicativos.

Paccini acredita que os serviços por aplicativos devem seguir porque houve mudança de hábitos que vieram para ficar, contudo pode ter se estabilizado. Os serviços profissionais caíram 1,7% em dezembro, frente ao mês anterior, com a dessazonalização.