Brasil

Setor de previdência privada cresceu 8,8% em 2023, diz Fenaprevi

Captação de recursos atingiu R$ 170,1 bilhões no último ano, consolidando recuperação pós-pandemia

Foto: Thanakorn Lappattaranan/iStock
Foto: Thanakorn Lappattaranan/iStock

O setor de previdência privada no Brasil registrou um crescimento de 8,8% em 2023, movimentando mais de R$ 170 bilhões, conforme dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). O desempenho reflete uma recuperação contínua desde os impactos da pandemia, com aumento da confiança dos brasileiros na segurança financeira oferecida por esse tipo de investimento. 

Em 2023, o número de novos aderentes foi de cerca de 225 mil, uma alta importante, mas ainda abaixo do ideal, considerando a população em idade ativa e a necessidade de proteção financeira em um país em crescente envelhecimento. A adesão à previdência privada, que surge como uma alternativa para quem deseja complementar a aposentadoria oferecida pelo INSS, ainda é um desafio, principalmente entre as faixas de menor renda.

O que é a previdência privada

A previdência privada é uma modalidade de investimento que visa o planejamento da aposentadoria, servindo como um complemento ao sistema público (INSS). Diferentemente da previdência social, o sistema privado oferece autonomia ao investidor, que pode optar entre planos variados e estratégias personalizadas, adequadas ao seu perfil e às suas expectativas de renda futura.

Esse tipo de previdência funciona por meio de contribuições periódicas, que são aplicadas e rentabilizadas ao longo dos anos, proporcionando um acúmulo de recursos para o período da aposentadoria. Assim, a previdência privada configura-se como uma alternativa interessante para quem busca mais controle sobre o próprio futuro financeiro.

Rentabilidade atrativa e estabilidade

Um dos principais atrativos da previdência privada é a rentabilidade, que, ao longo do tempo, tende a superar outras opções de investimentos mais tradicionais. As entidades fechadas de previdência complementar, por exemplo, atingiram uma rentabilidade acumulada de 157,2% nos últimos 10 anos, segundo Relatório Gerencial de Previdência Complementar (RGPC).

Além disso, a previdência privada oferece uma maior estabilidade, se comparada a investimentos de risco. As opções de longo prazo, como as de planos fechados, têm um perfil de investimento mais conservador, buscando garantir um retorno consistente, mesmo em períodos de volatilidade econômica. Esse aspecto atrai especialmente os investidores que buscam segurança e previsibilidade para a aposentadoria.

Perspectivas para o setor

Apesar do crescimento observado, o setor ainda enfrenta desafios relacionados à inserção do produto no Brasil. De acordo com Edson Franco, presidente da Fenaprevi, o resultado do último ano é animador, mas o número de novos aderentes ainda é modesto, considerando o déficit de cobertura da população brasileira e a relevância do produto em uma sociedade que está em rápido envelhecimento.

“Ainda temos o desafio de levar proteção para cada vez mais pessoas. Apesar das questões socioeconômicas, é possível aumentar o nível de proteção à renda das famílias com os produtos e serviços existentes a partir de um trabalho de educação financeira, comunicação e conscientização dos brasileiros”, afirma Franco.

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