Transportes são destaque

Setor de serviços cresce 0,3% em março

A resiliência do mercado de trabalho vem mantendo o setor de serviços sustentado neste início de ano

Fonte: reprodução/ infomoney
Fonte: reprodução/ infomoney

O volume de serviços no Brasil cresceu 0,3% em março de 2025 segundo dados publicados nesta quarta-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apesar da alta no medidor, houve desaceleração em relação a fevereiro quando o indicador discriminou crescimento de 0,9%.

O resultado veio abaixo das expectativas de analistas que associaram o desempenho do setor ao cenário de juros elevados e esperada desaceleração da economia. O segmento acumula ganho de 1,2% nos dois primeiros meses do ano e chega a abril com três meses de resultados positivos.

“As flutuações do setor de serviços são naturais e os resultados negativos recentes, como o de novembro de 2024 e o de janeiro de 2025, não podem ser vistos como momentos de inflexão ou de reversão de trajetória. Há, ao contrário, a sustentação do setor de serviços em um patamar elevado, muito próximo do seu nível recorde”, destacou Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa no IBGE.

Desempenho do setor de transportes e serviços complementares

Nos segmentos que compõe o índice, transportes foi o que mais registrou alta, com aumento de 1,7% no mês. Os demais avanços ficaram com serviços profissionais, administrativos e complementares além dos prestados às famílias. Ambos registraram o segundo avanço seguido frente ao mês anterior.

A resiliência do mercado de trabalho vem mantendo o setor de serviços sustentado neste início de ano, com geração de empregos com carteira assinada que tendem a ter salários mais altos.

“A queda trimestral agora não representa ainda uma mudança de trajetória e não há um esgotamento do setor de serviços. O setor teve seu ápice em outubro de 2024 e de lá pra cá vieram duas quedas, em novembro (de 2024) e janeiro, mas ainda estamos no segundo ponto mais alto da série”, afirmou Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa no IBGE.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o volume registrou expansão de 1,9%, contra expectativa de 2,1%.