O setor de serviços cresceu 10,9% em 2021, após ter registrado queda de 7,8% em 2020. Essa foi a maior taxa apresentada para o fechamento de um ano desde o início da série histórica em 2012. As informações são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação de dezembro com novembro, o setor avançou 1,4%, indo para seu segundo mês consecutivo de alta, acumulando uma expansão de 41%.
Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, entre 2012 e 2019 o setor de serviços acumulou uma alta de 0,1% e no biênio 2020-2021, avanço de 2,2%. Com isso, boa parte do crescimento acumulado dos últimos 10 anos se deve por conta do desempenho mais dinâmico de alguns serviços em 2021.
“Nos primeiros meses de 2020, o setor de serviços foi duramente afetado em função da necessidade de isolamento social e do fechamento dos estabelecimentos que prestavam serviços de caráter presencial. Por outro lado, a pandemia trouxe oportunidades de negócios para serviços voltados às empresas, como os de tecnologia da informação, transporte de cargas, armazenagem, logística de transporte e serviços financeiros auxiliares, que tiveram ganhos mais expressivos e compensaram as perdas dos serviços de caráter presencial”, explica.
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Ainda para o fechamento do ano, o pesquisador destaca que o avanço em todas as atividades. “É a segunda vez na série que todas as atividades crescem simultaneamente. Dos dez anos da série, o setor fechou positivo em cinco (2012, 2013, 2014, 2019 e 2021), e, desses cinco, apenas em 2012 e 2021 houve crescimento em todas as atividades”.
Dentre as que mais se destacam foram: informação e comunicação (9,4%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (15,1%). Com a elevação, as duas atividades se recuperaram da retração de 1,6% e 7,6%, respectivamente, computada em 2020.
A Pesquisa Mensal de Serviços produz indicadores que possibilitam acompanhar o comportamento conjuntural do setor de serviços no Brasil. Ela serve como subsídio para a tomada de decisões no setor governamental.
